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Dono do salão de beleza mais sustentável do Brasil, Grupo Laces vai à COP27

Convidado a participar de três painéis da COP27, grupo trata água da chuva, usa energia solar e, há cinco anos, compensa sua pegada de carbono

Cris Dios e Itamar Cechetto, do Grupo Laces, no Egito para a COP27: incentivo para que o setor de beleza adote uma jornada mais sustentável (Laces/Divulgação)
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Publicado em 21 de novembro de 2022 às 08h00.

“A gente pensa em sustentabilidade como pilar de todas as nossas ações, mas jamais achei que chamaríamos a atenção de uma organização tão importante como a ONU a ponto de sermos convidados para participar da COP.” A frase de Cris Dios, sócia-fundadora do Grupo Laces , que engloba um ecossistema pioneiro em ESG e tratamentos saudáveis para cabelos desde 1987, reflete o impacto do convite para a empresa.

No Egito para a 27ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP27), a empresa de médio porte tem 300 colaboradores e realiza 50.000 atendimentos por ano. “Não importa o tamanho da empresa; ela tem de começar de algum lugar. E estar aqui é inspirador e lisonjeador para o grupo e o Brasil”, afirma Cris.

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O salão de beleza mais sustentável do Brasil

O Grupo Laces é carbono neutro há mais de cinco anos, já que compensa sua pegada de carbono (e a de seus parceiros) por meio do reflorestamento de áreas desmatadas.

No ano passado, a empresa deu mais um grande passo para expandir as melhores práticas ESG com a compra da Carbon Limited, uma empresa especializada no mercado voluntário de carbono.

Reúso da água

Os salões de beleza do Laces, por sua vez, têm a menor pegada hídrica do setor. Isso porque a água da chuva, usada para lavar o cabelo das clientes, é tratada por meio de um processo de osmose reversa, que tem como objetivo separar a água dos sais minerais, purificando-a e tornando-a própria para utilização nos lavatórios. Na sequência, ela é tratada novamente para ser reutilizada nos banheiros e no jardim.

A eficiência energética também é levada a sério nos salões, que contam com energia solar captada por meio de placas solares fotovoltaicas e placas fototérmicas, que trabalham em conjunto com um boiler inteligente para aquecer a água.

Luzes sem papel-alumínio

Na hora de fazer mechas ou reflexo, entra em cena o Roll Meches – uma ferramenta que pode ser reutilizada várias vezes e que já ajudou o Laces a evitar o descarte de cerca de 11 toneladas de papel-alumínio.

A preocupação do grupo com a sustentabilidade se reflete ainda nas embalagens da linha LCS, feitas de material reciclado e com uma resina chamada Go Green. Biodegradável, ela tem um tempo de vida útil de até cinco anos, diferente das tradicionais já conhecidas pelo mercado, que levam até 200 anos para se decompor.

O grupo conta, ainda, com fábrica própria certificada orgânica desde 2015 e utiliza a logística reversa para mapear e rastrear o fluxo de produtos, embalagens e outros materiais para que sejam descartados devidamente ou reciclados.

Saiba mais https://exame.com/casual/conheca-o-salao-de-beleza-mais-sustentavel-do-brasil/

Grupo Laces na COP27

São essas conquistas e toda a jornada de sustentabilidade da companhia que Cris Dios, CEO do grupo, Itamar Cechetto, CEO do Laces and Hair, Marina Bento, head de marketing do Laces, e Hugo Cechetto, head de experiência digital do grupo, estão apresentando em três painéis da COP27:

Para Cechetto, a participação das empresas na COP27, mostrando suas boas práticas, é fundamental para o avanço da agenda sustentável. “É o que chamo de ativismo empreendedor”, diz. “Quem faz os mercados não é a regulamentação; são as empresas, as pessoas. O papel da iniciativa privada é ter práticas de promoção de tecnologias e inovações que vão fazer o consumidor receber os avanços da sustentabilidade antes mesmo da regulamentação.”

O CEO do Laces and Hair destaca que as 20 maiores empresas do mundo emitem 30% do gás carbônico global. “Essas 20 empresas você coloca em uma sala e normatiza, coloca as regras, e os outros 70%? O nosso modelo de sustentabilidade e integração mostra que você pode começar compensando carbono, ser parceiro do fornecedor com sinergia de negócio, levando em conta não só preço e prazo mas cultura, preço e prazo, nessa ordem, e mostrar na prática o que já faz”, contextualiza.

Apresentar o case em um evento como a COP, acredita Cechetto, ajuda a “converter” o setor de beleza para uma jornada mais sustentável.

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