Dona da Penthouse quer comprar a Playboy
Oferta foi de 210 milhões de dólares pelas ações da publicação americana
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.
São Paulo - Poucos dias após o anúncio de que o fundador da Playboy, Hugh Hefner, fez uma oferta de 184 milhões de dólares para comprar as ações da empresa e tirá-la da bolsa, a concorrente Penthouse ofereceu 210 milhões pelos papéis em circulação no mercado. O valor fez Hefner mudar de ideia. Na segunda-feira, o empresário disse que não tinha interesse em vender as ações da revista para terceiros. Ele detém 69,5% das ações da empresa de uma classe comum e 27,7% das ações Classe B.
A companhia FriendFinder Networks, controladora da Penthouse, afirmou que a proposta "está no melhor interesse da Playboy Enterprises e de seus acionistas, fornecendo uma base para o crescimento futuro da marca Playboy e reforçando seu legado". A FriendFinder acrescentou que tem mais de 200.000 afiliados em sua rede, o que ajudaria a marca Playboy a ampliar seu alcance global. Em um comunicado anunciando a oferta, Marc Bell, chefe executivo da empresa, disse que está muito animado com a perspectiva para a combinação de Playboy Enterprises com a FriendFinder.
A Playboy tem estado sob pressão nos últimos anos em decorrência da queda de circulação de revistas e da publicidade, provocadas pela explosão de conteúdo adulto gratuito disponível na internet. Em dezembro de 2008, a filha de Hefner, Christie, deixou o cargo de executiva-chefe, após anos de perdas constantes de quase todas as divisões da Playboy. No ano passado, a receita tinha caído para 240 milhões de dólares. Em 2006, a cifra ficou em 331 milhões de dólares.