A Disney declarou ser "improvável" a formação de qualquer parceria ampla com portais como Google e Yahoo para construir sua divisão de internet. A negativa vem em um momento em que empresas que produzem conteúdo, como a própria Disney, tentam flexibilizar sua posição nas negociações com as companhias de tecnologia que controlam grande parte da distribuição online e em aparelhos digitais, como o iPod.

De acordo com o jornal britânico Financial Times, Robert Iger, presidente da Disney, afirmou que a empresa tem marcas fortes e boa renda de publicidade para se manter sozinha no mercado de internet. "Nossas oportunidades já são significativas sem os portais", afirmou.

Nesta semana, a MTV Networks, da Viacom, revelou um possível acordo com o Google para distribuição de video clips a centenas de sites e blogs. As duas companhias dividirão a receita obtida com a publicidade.

Apesar de não descartar totalmente uma parceria, a Disney ressaltou que possui o desejo de manter um controle rígido sobre seu conteúdo. "Uma das grandes questões que temos é sobre quem controlará a publicidade e quem controlará o consumidor", disse Iger.

No terceiro trimestre de seu ano fiscal, encerrado em 1 de julho, a companhia registrou um aumento de 39% no lucro, que alcançou 1,13 bilhão de dólares, ou 53 centavos por ação. A receita também cresceu, 12%, para um total de 8,62 bilhões de dólares. Um dos melhores desempenhos dentro do grupo veio da divisão de cinema, que gerou uma receita 17% maior - de 1,7 bilhão de dólares - , impulsionada por filmes como Carros.

A Disney também divulgou que pretende vender sua parte de 50% na revista de celebridades Us Weekly, por 300 milhões de dólares, para sua parceira Jann Wenner.