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De rapel a rock, como o Allianz Parque tem faturado alto

Antigo Parque Antártica, administrado pelo Grupo WTorre, lança novas opções de serviços e previsão de lucro fica mais próxima

Arena Parque: a partir do dia 15 será possível fazer rapel no estádio por R$ 220 (Allianz Parque/Divulgação)

Arena Parque: a partir do dia 15 será possível fazer rapel no estádio por R$ 220 (Allianz Parque/Divulgação)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 7 de julho de 2017 às 15h05.

Última atualização em 7 de julho de 2017 às 16h07.

São Paulo – Mais de 700 visitantes são aguardados neste sábado, dia 8, para o novo tour do Allianz Parque, antigo Parque Antártica, estádio do Palmeiras, na capital paulista. Eles pagarão a partir de 55 reais pelo acesso às arquibancadas, vestiários e setores exclusivos, que remontam a história do estádio e do clube.

O número é pequeno perto do previsto para o mês de julho, de até 10.000 pagantes, e menor ainda perto do esperado para os próximos doze meses: 70.000 visitantes contra os 50.000 recebidos no ano passado, mesmo com o reajuste do preço – o tour antigo custava 44 reais.

A iniciativa é uma das várias lançadas hoje para atrair mais pessoas ao estádio fora dos dias de jogos. Entre elas, estão um bar temático para integrar fãs e atletas de futebol, competições de games e até a realização de um rapel de 40 metros, altura da cobertura ao gramado, feito por uma equipe especializada – serviço que começa a ser ofertado no próximo dia 15, por 220 reais.

As atrações foram planejadas e anunciadas por Rodrigo Geammal, ex-diretor de marketing do Palmeiras e atual sócio da Arena Experience, empresa criada para atender o Allianz Parque, mas com a ambição de levar o modelo de negócios para outros estádios do país.

Tanto entusiasmo é justificado pelo saldo de gols financeiros que a administradora WTorre e, claro, à própria Sociedade Esportiva Palmeiras, vem conquistando com o espaço. A construtora investiu, em 2014, 500 milhões de reais na reforma do estádio e outros 190 milhões de reais em melhorias da cidade para poder ganhar com a concessão.

“Os bons resultados noz faz estimar o retorno do investimento em oito e dez anos e não mais em doze/quinze anos, como esperávamos no início do projeto”, afirmou Rogério Dezembro, CEO da Capital Live, braço do Grupo WTorre responsável pela gestão do Allianz Parque.

Show de gols

É fácil entender a animação das companhias quando se pensa em alguns dos maiores shows promovidos em São Paulo nos últimos tempos – e dos que ainda estão por vir. Próximo de uma estação de metrô e de várias linhas de ônibus, o local foi palco de Elton John e James Taylor, em abril, e receberá os fãs de The Who, Bon Jovi e U2, entre outros, até o final deste ano.

Além das apresentações, eventos corporativos de grandes empresas, como as convenções feitas por Puma e Centauro no ano passado, têm sido cada vez mais recorrentes. Há ainda a verba gerada com a vende camarotes – 159 dos 164 já estão fechados para empresas, por meio de contratos que variam de três a cinco anos.

“Vemos espaço para crescer muito mais nesse sentido, com a busca das companhias por lugares diferentes para reuniões e espaços para grupo de diferentes gostos, como corrida e automobilismo”, afirma Geammal.

Apenas com os novos tours pelo Allianz Parque, a estimativa modesta é de um faturamento de 3 milhões de reais até o final do ano. Pelos próximos três anos, a Arena Experience pretende investir 1,5 milhão de reais em melhorias, recurso proveniente do próprio negócio.

Tanta maneira nova de faturar acaba trazendo mais recursos para o Palmeiras investir nele próprio. Pelo acordo com a WTorre, o clube fica com 20% da receita bruta vinda com locação de espaços (para shows, por exemplo) e com 5% do que é faturado com serviços.

A cada cinco anos, o Palmeiras tem 5% de reajuste em cada uma das duas modalidades de receita, sendo que a administradora terá direito sobre a gestão do espaço por 30 anos. O dinheiro arrecadado com a bilheteria dos jogos, esse é sagrado, vai todo pro Palmeiras.

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