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CSN já ganha mais dinheiro com mineração do que com aço

Mais da metade do caixa da CSN veio da venda de minério de ferro no segundo trimestre

CSN: siderúrgica prevê investimentos de 11 bilhões de reais em mineração e portos para os próximos cinco  (ALEXANDRE SANTANNA)

CSN: siderúrgica prevê investimentos de 11 bilhões de reais em mineração e portos para os próximos cinco (ALEXANDRE SANTANNA)

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Da Redação

Publicado em 3 de agosto de 2011 às 12h41.

São Paulo - A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN)  já gera mais caixa com mineração do que com siderurgia. No segundo trimestre, a mineração gerou um ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) ajustado – que mede a geração de caixa das empresas - de 1,04 bilhão de reais. A siderurgia, gerou 733 milhões de reais.

No segundo trimestre, o minério de ferro representou 54% do ebitda ajustado versus 49% no primeiro trimestre de 2011. O aço representou 38%, ante 43% no primeiro trimestre . As áreas de logística e energia/cimento representaram 6% e 2%, respectivamente. 

Na comparação com o segundo trimestre de 2010, a mineração também levou a melhor. O ebitda ajustado da siderurgia caiu em relação ao segundo trimestre de 2010, quando ele foi de 1,16 bilhão de reais. Já o ebitda ajustado da mineração subiu de 551 milhões de reais no segundo trimestre de 2010 para 1,04 bilhão de reais no mesmo período deste ano. 

O resultado da CSN ficou dentro das estimativas da Ativa Corretora, segundo relatório da analista Daniella Maia, que destacou o papel da mineração nos números. “A CSN deverá continuar apresentando um resultado melhor que os seus pares no mercado brasileiro, devido à sua maior exposição à mineração, que passa por um período de melhores resultados e perspectivas do que siderurgia”, afirma o relatório. O volume de vendas do minério, no entanto, evolui em velocidade decepcionante, segundo Maia. A CSN prevê investimentos de 11 bilhões de reais em mineração e portos para os próximos cinco anos – sendo 2,5 bilhões na expansão do porto. 

Usiminas

A CSN não é a única siderúrgica animada com a mineração. Em teleconferência realizada ontem com analistas, Wilson Brumer, presidente da Usiminas afirmou que "a área de mineração tem uma importância cada vez mais relevante nos nossos números". 

Nesse ponto essas duas siderúrgicas estão afinadas - em outro, ambas desconversam. A CSN confirma seu interesse pela Usiminas, tanto que vem aumentando sua participação em ações ordinárias e em ações preferenciais, mas não deu novos detalhes sobre a estratégia. Já Brumer afirma que o grupo de controle da Usiminas segue sólido. 

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