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CSN apresenta proposta para compra de ativos da ThyssenKrupp

Participam das negociações alguns bancos, entre os quais o BNDES, e também a Vale

ThyssenKrupp: empresa espera concluir as negociações até o final de setembro. (Sean Gallup/Getty Images)

ThyssenKrupp: empresa espera concluir as negociações até o final de setembro. (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2013 às 23h38.

Rio de Janeiro - A Companhia Siderúrgica Nacional apresentou nesta semana nova proposta à ThyssenKrupp para a compra de ativos colocados à venda pela siderúrgica alemã, disse nesta sexta-feira uma fonte com conhecimento direto do assunto.

Participam das negociações alguns bancos, entre os quais o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), além da Vale, disse à Reuters a fonte, pedindo anonimato.

"As conversas continuam, com uma mudança de posição... A proposta foi aperfeiçoada", afirmou a fonte, sem informar valores nem revelar que mudança foi feita.

A CSN fez no começo deste ano uma proposta de 3,8 bilhões de dólares para ficar com a Steel Americas, unidade da Thyssen integrada pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro, e por uma laminadora nos Estados Unidos, afirmou na época uma fonte com conhecimento do tema.

Procurada, a CSN afirmou que não ia comentar o assunto. Um porta-voz da Thyssen não foi encontrado imediatamente para comentar o assunto.

A CSN e o BNDES discutem a possibilidade de um apoio do banco de fomento à operação, segundo noticiou a Reuters recentemente.

Pelo fato de ser sócia da Thyssen na CSA, com 27 % de participação no empreendimento, a Vale participa das negociações, disse.

"Tudo o que for feito tem que ser submetido à Vale", afirmou a fonte, explicando por que a maior produtora de minério de ferro do mundo atua nas negociações.

A Thyssen espera concluir as negociações até o final de setembro, disse o seu presidente Heinrich Hiesinger no início do ano.

A siderúrgica da Thyssen no Rio enfrenta processo criminal resultante de duas ações penais ajuizadas pelo Ministério Público por emissões de resíduos poluentes a partir da produção do primeiro alto-forno, em agosto de 2010, e também por poluição causada após a operação do segundo alto-forno, em dezembro do mesmo ano.

A ThyssenKrupp fez forte baixa contábil no valor de sua unidade Steel Americas para 3,9 bilhões de euros (5,22 bilhões de dólares) em dezembro.

A companhia queria explorar novos mercados com duas usinas no Brasil e nos Estados Unidos, mas elas foram prejudicadas por excesso de custos, fraca gestão de projetos e demanda menor do que o esperado.

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