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Coutinho: BNDES jamais apoiou JBS a fechar unidades concorrentes

Em depoimento na CPMI da JBS, o ex-presidente do BNDES afirmou que os investimentos no grupo não tiveram como objetivo a formação de monopólio na área

Luciano Coutinho: o banco de fomento foi um dos principais investidores da empresa de processamento de carne (lza Fiúza/ABr/Arquivo/Agência Brasil)

Luciano Coutinho: o banco de fomento foi um dos principais investidores da empresa de processamento de carne (lza Fiúza/ABr/Arquivo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de outubro de 2017 às 14h56.

Última atualização em 3 de outubro de 2017 às 14h57.

Brasília - O ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luciano Coutinho defendeu nesta terça-feira, 3, os negócios do banco com a JBS.

O banco de fomento foi um dos principais investidores da empresa de processamento de carne, que se tornou a maior do mundo no setor. O BNDES chegou a ter 35% das ações da empresa.

Segundo ele, os investimentos do BNDES no grupo tiveram como objetivo a sua internacionalização, e não a formação de monopólio na área. "Jamais o BNDES apoiou a JBS ou qualquer outro grupo a fazer aquisições e fechar unidades (de concorrentes)", disse Coutinho em depoimento na CPMI da JBS no Congresso. "O apoio do BNDES foi dirigido prioritariamente à internacionalização da JBS."

"A JBS foi bem-sucedida em fazer aquisições e integrar essas empresas a seus sistema", disse Coutinho. "O IPO da JBS foi feito em março de 2007 e o mercado apoiou maciçamente. O BNDES não participou."

Segundo ele, a única exceção do apoio do BNDES a operações da JBS se deu na aquisição do frigorífico Bertin. Segundo ele, na época havia o risco de que o grupo concorrente fechasse as portas, colocando em risco empregos.

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