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Coronavírus é uma guerra, mas estamos todos do mesmo lado, diz Bill Gates

"Cada mês que passa e não temos uma vacina produzida é um mês que a economia não pode voltar ao normal", escreveu o bilionário em seu blog

Bill Gates: (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Bill Gates: (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 27 de abril de 2020 às 10h51.

Última atualização em 27 de abril de 2020 às 15h37.

Para Bill Gates, filantropo e segundo homem mais rico do mundo, com uma fortuna estimada em 103 bilhões de dólares, segundo a Bloomberg, a pandemia do coronavírus é "como uma guerra, mas todos estamos do mesmo lado". Em uma postagem em seu blog, Gates afirma que "todos podem trabalhar juntos para aprender sobre a doença e desenvolver ferramentas para combatê-la".

"Eu vejo que a inovação global é a chave para limitar o dano causado pela pandemia. Isso inclui inovação em testes, tratamentos, vacinas, e políticas para limitar o contágio e minimizar os danos das economias", escreveu ele. O bilionário está engajado na luta contra o vírus e está financiando fábricas para que produzam e testem ao menos sete vacinas com doações feitas por meio da fundação Bill and Melinda Gates, que gerencia com a esposa.

Gates acredita que a maioria dos tratamentos contra a covid-19 irão falhar, mas que, alguns, como "anticorpos e plasma podem ser considerados opções viáveis após testes clínicos, enquanto outras, como a hidroxicloroquina, trazem benefícios modestos no melhor dos casos". Uma pesquisa recente feita em hospitais de veteranos dos Estados Unidos, com 368 pacientes, apontou que houve mais mortes entre aqueles que tomaram a hidroxicloroquina do que entre os que receberam tratamento padrão para a doença.

Para o bilionário, otimizar o tempo dos testes pode ajudar, bem como o aumento do monitoramento por meio de ferramentas digitais e uma base de dados nacional.

Uma vacina pode demorar até cinco anos para ficar pronta e, o chute do filantropo, é que ela deva ter um imposto por demanda. "Cada mês que passa e não temos uma vacina produzida é um mês que a economia não pode voltar ao normal", escreveu Gates. Ele acredita que, enquanto a vacina não for uma realidade, os países devem promover atividades que "beneficiem a economia e o bem-estar humano, mas trazendo um risco minímo de infecção". "Para isso, vale a tentativa e erro", afirmou.

"O custo econômico que tem sido pago para reduzir a taxa de infecção é sem precedentes. É importante perceber que não é só o resultado dos governos restrigindo atividades. Quando as pessoas escutam que uma doença infecciosa está se espalhado, elas mudam seus comportamentos. Não tínhamos a chance de ter a economia forte de 2019 em 2020", escreveu.

Recentemente, Melinda Gates disse em entrevista à BBC Radio que ela e o marido, Bill, armazenam comida nos porões há anos, antecipando uma pandemia ou desastre.

Eles deixaram tudo preparado para uma possível pandemia, menos uma vacina. Melinda, inclusive, estima que ela deva ser criada dentro de 18 meses. No Reino Unido, uma vacina prevista para setembro começou a ser testada na semana passada. A meta dos pesquisadores da Universidade de Oxford é produzir milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus no mês de setembro deste ano, considerando que tudo saia como esperado nos testes.

Resta esperar para ver.

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