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Corona, Becks e apps: marcas premiums e tecnologia impulsionam Ambev

Portfólio de marcas premiums cresceu aproximadamente 35%, impulsionado por Corona, Becks, Stella Artois e Original. App Zé Delivery registra 15 milhões de pedidos no segundo trimestre de 2021

Ambev: extenso portfólio e tecnologia como motor de crescimento (Ambev/Divulgação)

Ambev: extenso portfólio e tecnologia como motor de crescimento (Ambev/Divulgação)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 29 de julho de 2021 às 14h29.

A cervejaria Ambev registra no segundo trimestre lucro líquido de R$ 2,885 bilhões, alta de 135,2% sobre o lucro líquido de R$ 1,226 bilhão no mesmo período do ano passado. Além disso, o volume aumentou 19% e chegou a 39,8 milhões de hectolitros.

O resultado é impulsionado pela retomada do consumo, uma vez que no segundo semestre de 2020 havia pouca certeza sobre os rumos da pandemia, mas também pelo investimento em tecnologia e divulgação de marcas premiums. 

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Essa parte do portfólio de marcas cresceu aproximadamente 35%, impulsionado por Corona, Becks, Stella Artois e Original. Além disso, as inovações estão potencializando o crescimento, representando mais de 20% do faturamento, liderado Brahma Duplo Malte.

"Estamos investindo no aumento de força dessas marcas, apostando num crescimento rápido e sustentável. Corona vai bem no Brasil, assim como em outros países, Becks é um produto que reforça a lei de pureza e nos ajuda a seguir com outras apostas, como Spaten, uma cerveja alemã que lançaremos em breve", diz Jean Jereissati, presidente da Ambev, na call de resultados. 

Segundo o executivo, saúde e bem-estar é outra frente importante de produtos. A aposta se dá com Stella Artois sem glúten e a cerveja low-carb Michelob Ultra, que aproveita as Olimpíadas para ter um trabalho de marca com Usain Bolt. 

"Quando se compara o segundo semestre de 2021 com o segundo de 2020, ganhamos três milhões de novos fãs das nossas marcas. Ou seja, aqueles que elegeram alguma delas como sua preferida, e isto inclui aquelas que não existiam há três anos", diz Jereissati.

Tecnologia 

Serviços mais estruturados durante a pandemia, como a plataforma Zé Delivery, de pedidos para o consumidor final, e a Donus, de fintech focada na aceleração de pequenos e médios clientes no Brasil, mostram resultados.

O Zé Delivery realizou mais de 15 milhões de pedidos entre abril e junho deste ano, o triplo no mesmo período do ano passado. Já a Donus atingiu 80 mil clientes, com mais de 1 milhão de transações mensais e índice de inadimplência dentro do esperado na sua criação. A BEES, de gestão do cliente, já atende 70% dos clientes pessoa jurídica da Ambev, ante 65% ao final do primeiro trimestre. 

As plataformas ajudam a Ambev a entender o consumidor e o cliente, mapear preços, pensar em novos produtos e gerir o negócio de forma a superar inflação, custos e entraves com insumos.

Investimentos como esses, contudo, deixam dúvidas nos analistas em relação a continuidade dos lucros da Ambev. "Somos mais lineares no uso das plataformas do que antes da pandemia. Há oportunidade de crescer, a indústria é resiliente e deve melhorar com a aceleração da vacinação contra a covid-19", diz Jereissati.

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