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Controle da dívida é uma das prioridades da Oi

"O controle da dívida é uma das prioridades da operadora", assegurou o CFO da tele, Bayard Gontijo

Loja da Oi: no último trimestre, a dívida bruta ficou em R$ 34 bilhões, aumento de 1,4% em relação ao segundo trimestre do ano (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2013 às 16h50.

São Paulo - A dívida líquida da Oi subiu 19,7% no terceiro trimestre quando comparada ao mesmo período de 2012, fechando setembro com R$ 29,3 bilhões.

Entretanto, a operadora comemora: conseguiu pela primeira vez em oito trimestres registrar uma tendência de queda (0,7%) em relação ao trimestre imediatamente anterior.

"O controle da dívida é uma das prioridades da operadora", assegurou o CFO da tele, Bayard Gontijo, durante apresentação dos resultados financeiros nesta quarta, 13. A companhia garante que a geração de caixa com trabalho de capital de giro e provisão de devedores duvidosos (PDD) permitiu essa redução no período em relação ao segundo trimestre.

"A liquidez disponível é mais do que suficiente para cobrir amortização da dívida até meados de 2016, sendo que 60% da dívida bruta vencem após 2016", declarou Gontijo. No último trimestre, a dívida bruta ficou em R$ 34 bilhões, aumento de 1,4% em relação ao segundo trimestre do ano.

No cronograma da empresa, serão pagos R$ 1,758 bilhão em 2013; R$ 4,214 bilhões em 2014; R$ 2,755 bilhões em 2015; R$ 4,738 bilhões em 2016; e R$ 20,588 bilhões de 2017 em diante.

No total, a amortização da dívida bruta entre 2013 e 2016 será de R$ 13,465 bilhões. A posição de liquidez da companhia é de R$ 12,715 bilhões.

E a venda de ativos para geração de caixa também continua. A empresa não revelou nenhuma nova intenção, mas ressaltou que a venda de 2.113 torres fixas e da companhia de cabos submarinos GlobeNet estão aguardando aprovação regulatória. A venda dos sites traria um valor total de R$ 687 milhões, enquanto a da GlobeNet seria de mais R$ 1,746 bilhão, com impacto não recorrente no EBITDA de R$ 1,239 bilhão.


Vale lembrar que a esperada fusão da Oi com a Portugal Telecom, prevista para meados de 2014, deverá vir com um aumento de capital de R$ 8 bilhões, com ganhos com sinergias operacionais estimados em R$ 5,5 bilhões e uma dívida líquida conjunta de R$ 41,2 bilhões (dados de junho).

Sozinhas, as duas lutam para amortizar as dívidas. A dívida líquida ajustada da PT encerrou setembro em 7,574 bilhões de euros (0,5% maior que em 2012), e representa 3,7 vezes o EBITDA.

Mais com menos

A ordem na Oi é disciplina financeira. A companhia reduziu em 23,3% o Capex no trimestre em relação a 2012 ao diminuir número de fornecedores, promovendo a melhoria de processos, renegociação de contratos e colaboração com a engenharia da Portugal Telecom para sinergias.

"Temos alguma cobertura cambial. No próximo ano será abaixo de R$ 6 bilhões e nossa área de suprimentos tem garantido alguma cobertura. Mas como a trajetória do cash flow e a dívida são prioridades, vamos cortar o Capex no próximo ano", declarou o CEO da tele, Zeinal Bava. "Não significa que vamos fazer menos, mas que vamos fazer mais com menos", assegurou.

A Oi garante que está fazendo investimentos de forma "inteligente", com definições de prioridades, como adensamento da cobertura 3G utilizando sites 2G, expansão "gradual" do fiber-to-the-home (FTTH) e IPTV, revisão tecnológica das áreas de cobre para "permitir maiores velocidades".

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São Paulo - A dívida líquida da Oi subiu 19,7% no terceiro trimestre quando comparada ao mesmo período de 2012, fechando setembro com R$ 29,3 bilhões.

Entretanto, a operadora comemora: conseguiu pela primeira vez em oito trimestres registrar uma tendência de queda (0,7%) em relação ao trimestre imediatamente anterior.

"O controle da dívida é uma das prioridades da operadora", assegurou o CFO da tele, Bayard Gontijo, durante apresentação dos resultados financeiros nesta quarta, 13. A companhia garante que a geração de caixa com trabalho de capital de giro e provisão de devedores duvidosos (PDD) permitiu essa redução no período em relação ao segundo trimestre.

"A liquidez disponível é mais do que suficiente para cobrir amortização da dívida até meados de 2016, sendo que 60% da dívida bruta vencem após 2016", declarou Gontijo. No último trimestre, a dívida bruta ficou em R$ 34 bilhões, aumento de 1,4% em relação ao segundo trimestre do ano.

No cronograma da empresa, serão pagos R$ 1,758 bilhão em 2013; R$ 4,214 bilhões em 2014; R$ 2,755 bilhões em 2015; R$ 4,738 bilhões em 2016; e R$ 20,588 bilhões de 2017 em diante.

No total, a amortização da dívida bruta entre 2013 e 2016 será de R$ 13,465 bilhões. A posição de liquidez da companhia é de R$ 12,715 bilhões.

E a venda de ativos para geração de caixa também continua. A empresa não revelou nenhuma nova intenção, mas ressaltou que a venda de 2.113 torres fixas e da companhia de cabos submarinos GlobeNet estão aguardando aprovação regulatória. A venda dos sites traria um valor total de R$ 687 milhões, enquanto a da GlobeNet seria de mais R$ 1,746 bilhão, com impacto não recorrente no EBITDA de R$ 1,239 bilhão.


Vale lembrar que a esperada fusão da Oi com a Portugal Telecom, prevista para meados de 2014, deverá vir com um aumento de capital de R$ 8 bilhões, com ganhos com sinergias operacionais estimados em R$ 5,5 bilhões e uma dívida líquida conjunta de R$ 41,2 bilhões (dados de junho).

Sozinhas, as duas lutam para amortizar as dívidas. A dívida líquida ajustada da PT encerrou setembro em 7,574 bilhões de euros (0,5% maior que em 2012), e representa 3,7 vezes o EBITDA.

Mais com menos

A ordem na Oi é disciplina financeira. A companhia reduziu em 23,3% o Capex no trimestre em relação a 2012 ao diminuir número de fornecedores, promovendo a melhoria de processos, renegociação de contratos e colaboração com a engenharia da Portugal Telecom para sinergias.

"Temos alguma cobertura cambial. No próximo ano será abaixo de R$ 6 bilhões e nossa área de suprimentos tem garantido alguma cobertura. Mas como a trajetória do cash flow e a dívida são prioridades, vamos cortar o Capex no próximo ano", declarou o CEO da tele, Zeinal Bava. "Não significa que vamos fazer menos, mas que vamos fazer mais com menos", assegurou.

A Oi garante que está fazendo investimentos de forma "inteligente", com definições de prioridades, como adensamento da cobertura 3G utilizando sites 2G, expansão "gradual" do fiber-to-the-home (FTTH) e IPTV, revisão tecnológica das áreas de cobre para "permitir maiores velocidades".

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