Conheça os bastidores da produção de um monitor da AOC
EXAME.com visitou a fábrica da AOC em Jundiaí e acompanhou todo o processo de fabricação das telas de computador
Da Redação
Publicado em 15 de julho de 2014 às 10h59.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h10.
São Paulo – Você sabe como é feita a tela pela qual você está lendo esta matéria? EXAME.com visitou a fábrica da AOC e acompanhou o processo de produção de monitores e tablets para te mostrar. A planta, que fica em Jundiaí, há cerca de 40 minutos de São Paulo, produz para a AOC , a Philips , e outras mais de 80 marcas. Veja, a seguir, como é feito um monitor:
A AOC pertence ao grupo TPV Thecnology, o maior fabricante de painéis LCD e LED do mundo. A fábrica de Jundiaí tem 38.800 metros quadrados de área construída e capacidade para 200.000 monitores.
O processo começa com a placa nua, que é importada da China. Sobre ela, serão colocados todos os componentes que fazem o monitor funcionar.
Engenheiros de tecnologia são os responsáveis pela programação das placas. É através dos comandos deles que as máquinas vão colocar os componentes nos lugares certos. Cada modelo de monitor possui programação própria.
Esta máquina é a responsável por colocar os componentes em seus lugares na placa. Eles estão enfileirados nessas fitas brancas, que giram lá dentro e soltam as pequenas peças nos locais indicados.
As placas passam de uma máquina a outra através de uma esteira, que tem sua velocidade regulada de acordo com o volume de produção do dia.
Esta é uma máquina em operação. A agulha preta se move rapidamente e o barulho lá dentro se assemelha ao de uma impressora antiga. Uma placa não fica mais de 15 segundos parada.
Todos esses pequenos quadrados são componentes inseridos pela máquina. Neste momento, eles estão apenas posicionados em seus lugares com uma cola especial. A placa passa então para uma espécie de forno, que transforma esta cola em uma solda.
Terminado o processo, é feita a primeira checagem para ver se todos os componentes foram postos em seus devidos lugares.
Nesta etapa, começa a colocação dos componentes que são grandes demais para serem postos dentro da máquina e, portanto, devem ser instalados à mão.
Os componentes maiores são apenas colocados em seus lugares, mas ainda não possuem qualquer cola ou solda. Os movimentos, portanto, devem ser precisos e sutis, para nada sair do lugar.
Esta corda de plástico amarrada ao pulso da funcionária existe para que a corrente elétrica que passa pelo corpo seja transferida para uma coluna e dela para o chão. Desta maneira, garante-se maior vida útil à placa e a seus componentes, que ficam expostos à menor corrente possível.
Além da corda, os funcionários também usam protetores de borracha para os dedos, mangas compridas, um avental especial e uma borracha presa aos pés quando estão sentados.
Nesta linha de montagem, quem dita o ritmo de produção são os próprios funcionários, que empurram as placas de um para outro.
Cada funcionário é responsável por colocar apenas algumas peças por vez, de modo que ao final do processo, toda a placa esteja montada de acordo com o desenho necessário.
Nesta etapa, alguns componentes, que não podem ser soldados, passam a receber a cola que as segurará em seus lugares.
O último componente a ser colocado é o cabo que vai ligar a placa à tela.
Uma placa demora, em média, dez minutos para passar do início ao fim desta linha de montagem manual.
Separados da linha de montagem, os componentes que apresentarem qualquer tipo de falha são enviados à área de reparos, para serem consertados e reenviados ao processo.
Ao fim da colocação dos componentes, as placas entram no forno de solda. Cada peça tem pequenos ganchos que ficam para fora, na parte de baixo da placa.
Dentro desta máquina, os pequenos ganchos são dobrados e aquecidos até fundirem com a placa. Normalmente, esta área é fechada por um vidro por medidas de segurança e para evitar que o forte cheiro de metal derretido invada a fábrica.
Agora, todos os componentes da placa já estão colocados e soldados e a placa está pronta para sua primeira inspeção.
Antes de passar pelas mãos dos funcionários novamente, porém, é preciso que as placas passem pelo processo de resfriamento. Elas passam alguns minutos debaixo de ventiladores como este.
Começa a fase de inspeção. Como já estão soldadas, as placas que por acaso apresentarem algum problema deverão ser descartadas.
Esta é a placa com os componentes para baixo. Este lado também deve passar por uma inspeção antes de voltar para a linha de montagem.
Após as placas terem sido avaliadas, elas recebem o chip de rastreamento, através desta máquina. Elas agora são registradas nos arquivos da empresa.
A partir de agora, se houver algum problema de funcionamento, será possível saber qual é o lote da placa e quem estava responsável por ela.
Depois de prontas, as placas são separadas entre si através de uma máquina que sobe e desce suas lâminas no ritmo que o funcionário estabelecer.
Este é o último teste das placas, em que elas são ligadas a receptores para checar se todos os componentes estão funcionando da maneira desejada.
Depois de pronta, a placa é colocada em seu console de proteção que será acoplado à tela do monitor mais tarde.
Para evitar acidentes, as parafusadeiras ficam penduradas ao lado das funcionárias, que também ditam o ritmo de produção.
Nesta fase, são feitos os últimos ajustes para que a placa possa ser ligada à tela com segurança.
Os cabos e receptores que ligam a placa à tela são colocados com a ajuda de uma parafusadeira.
As telas de LCD, que também vêm da China, são desembaladas e preparadas para serem instaladas.
Cada conjunto de placa e tela recebe uma identificação e é preparado para ser instalado.
Os fios e cabos que conectam a placa à tela são ligados e a proteção é colocada em sua posição correta, para que o monitor possa ser fechado.
Os monitores são fechados à mão, um a um, do mesmo modo como se fecha a capinha de um celular.
Agora tem início a bateria de testes do monitor, que começa com a conexão de cabos externos.
Os suportes também são colocados em seus lugares, para garantir que tudo se encaixe perfeitamente.
Os monitores, então, são postos de pé, para verificar se não há algum problema de equilíbrio e para dar início aos testes com o monitor ligado.
Os monitores são ligados e, enquanto uma série de imagens e sons passa pela tela, o funcionário verifica se não há algum problema.
Começam os testes de cor. Os monitores em linha são ligados e uma série de cores passa por suas telas, para que se certifique de que nenhuma delas irá falhar.
O monitor permanece ligado por toda a linha de testes e passa por ela duas vezes, para que os mecanismos internos se aqueçam e, quando forem ligados pela primeira vez pelo cliente, já estejam aptos ao uso.
Uma nova identificação é colocada nos monitores através de um scanner, desta vez na parte de fora dele. Ao mesmo tempo, são feitos os testes finais de conexão.
O monitor é desacoplado de seu suporte e começa o processo de embalagem com capas plásticas.
Isopores de proteção são colocados em todos os cantos do monitor, para evitar que ele se danifique no transporte.
Os monitores são colocados em caixas e embalados para serem transportados.
De cada lote de monitor, uma equipe de testes abre uma das caixas como se fosse um consumidor, para verificar se todo o processo foi feito de maneira correta, da embalagem à instalação.
Além de verificar se todos os componentes que deveriam estar na caixa estão lá, o funcionário também liga o monitor e testa todos os seus comandos. Depois disso, ele é reembalado e aí sim pode seguir viagem.
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