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Conheça o SUV com o qual a Volkswagen quer voltar a lucrar na América do Sul

O compromisso com a região contrasta com a decisão da Ford Motor Co. no início deste ano de encerrar as operações de fabricação depois de um século no Brasil

A VW produzirá o Taos em sua fábrica na Argentina (Bloomberg/Bloomberg)

A VW produzirá o Taos em sua fábrica na Argentina (Bloomberg/Bloomberg)

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Daniel Salles

Publicado em 10 de março de 2021 às 12h47.

Última atualização em 11 de março de 2021 às 14h52.

Volkswagen AG busca superar sete anos de perdas na América do Sul ao ampliar sua linha de SUVs, apostando que terá margens melhores e será mais resiliente em meio aos muitos altos e baixos da região.

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A VW produzirá o utilitário esportivo Taos em sua fábrica na Argentina para abastecer os mercados da América do Sul, enquanto a planta do México fornecerá para os Estados Unidos. Seu lançamento em meados deste ano marcará a conclusão de cerca de 2 bilhões de dólares em investimentos que a montadora alemã realizou nas operações do Brasil e da Argentina entre 2017 e 2020.

O compromisso com a região contrasta com a decisão da Ford Motor Co. no início deste ano de encerrar as operações de fabricação depois de um século no Brasil, fechando três fábricas e cortando cerca de 5.000 empregos. A VW também tem uma rica história no país, tendo estabelecido sua primeira unidade de produção fora da Alemanha em São Paulo, na década de 1950, após o governo restringir as importações. O Brasil foi durante algum tempo o terceiro maior mercado da empresa, atrás da China e da Alemanha.

A Ford foi pioneira no segmento de SUVs compactos quando lançou o EcoSport em 2003. Mas, no final daquela década, outras montadoras começaram a replicar sua abordagem para faturar mais ao utilizar as plataformas de veículos pequenos para sustentar modelos mais espaçosos e com maior valor.

Quase todas as montadoras que operam na região já oferecem SUVs. No Brasil, cerca de 37% das vendas acumuladas em janeiro e fevereiro foram de utilitários esportivos, ante cerca de 27% no mesmo período de 2020, segundo a Fenabrave, entidade que representa as concessionárias.

A VW tenta equilibrar suas contas na América do Sul e nos Estados Unidos ainda em 2021, após perdas persistentes. A empresa disse em uma atualização de estratégia na semana passada que agora poderá ter lucro na América do Norte mesmo com uma queda de 15% nas vendas, e na América do Sul com volumes caindo em até 30%. A assessoria de imprensa da Volkswagen no Brasil informou que fevereiro foi o quarto mês seguido de resultado positivo na América do Sul.

O investimento da VW na região está rendendo frutos em termos de vendas. A participação de mercado da marca no Brasil saltou de 12,5% em 2017 para 16,8% no ano passado, marcando a segunda colocação no ranking, atrás da Chevrolet, segundo a Fenabrave.

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