Conheça as petroleiras que disputam o Campo de Libra
Sinal dos tempos, petroleiras de países emergentes aparecem para disputar a exploração do Campo de Libra, oferecido em leilão pela ANP
Da Redação
Publicado em 21 de outubro de 2013 às 15h13.
São Paulo - Nove empresas estão concorrendo ao leilão do Campo de Libra , promovido nesta segunda-feira pela Agência Nacional do Petróleo ( ANP ). O que está em jogo é uma reserva estimada em quase 15 bilhões de barris, segundo os relatórios mais recentes da ANP.
Se o volume for comprovado, será o correspondente a quase o dobro de todas as reservas da Noruega, um dos 20 maiores produtores mundiais de petróleo e gás.
A dimensão do negócio atraiu a atenção de diversas companhias. Sinal dos tempos, países emergentes, como China e Índia, vão participar da disputa, a fim de assegurar o suprimento futuro em um momento de expansão de suas economias. Veja, a seguir, quem são as empresas participantes.
CNOOC
A China National Offshore Oil Corporation ( CNOOC ) é a terceira maior petroleira da China, atrás somente da PetroChina e da Sinopec. A companhia é controlada pelo governo chinês e emprega atualmente cerca de 100.000 funcionários.
Com faturamento anual de quase 38 bilhões de dólares, a CNOOC registrou lucro de 11 bilhões de dólares em 2012 e está entre as maiores petroleiras do mundo, segundo ranking da Platts. Em ativos, a companhia soma mais de 60 bilhões de dólares.
A CNOOC opera em seis áreas diferentes que vai da exploração e desenvolvimento de petróleo a serviços financeiros.
CNPC
A China Petroleum & Chemical Corporation ( CNPC ) é a controladora da PetroChina, maior petroleira do país asiático. A companhia, por sua vez, é controlada pelo governo chinês, que detém metade de suas operações por lá.
Com sede em Pequim, a CNPC figura como a 12ª maior petroleira do mundo. Em 2012, seu lucro somou mais de 11,5 bilhões de dólares. A companhia tem ativos que somam 180 bilhões de dólares e receita de cerca de 400 bilhões de dólares.
Ecopetrol
A colombiana Ecopetrol é outra que está na disputa pelo Campo de Libra. A empresa é a 14ª maior companhia do setor de petróleo do mundo, segundo a consultoria especializada Platts. A empresa fechou 2012 com ativos de 51, 609 bilhões de dólares e faturamento de 36,774 bilhões.
Suas reservas provadas de petróleo e gás, no final de 2012, eram de 1,876 bilhão de barris. A empresa atua em quatro áreas: exploração e produção; refino; transporte; e comércio de óleo e derivados.
Mitsui
A japonesa Mitsui Oil Exploration Co. (Moeco) é a divisão da gigante japonesa Mitsui para o setor de óleo e gás. Criada em 1967, a partir da fusão de 17 empresas do Grupo Mitsui, a companhia hoje opera em diversos países.
De acordo com seu site, a Mitsui encerrou 2012 com reservas de 941 milhões de barris equivalentes de petróleo (boe) e produção diária de 116.000 barris. A meta explicitada no site é de alcançar reservas de 1,1 bilhão de barris em 2015. Neste mesmo ano, a produção projetada é de 150.000 barris por dia.
ONGC Videsh
Sinal dos tempos, o Campo de Libra também é disputado por uma petroleira indiana, a ONGC Videsh. A empresa é uma subsidiária da Oil and Natural Gas Co. Seu principal foco é, justamente, explorar campos de óleo e gás no exterior.
Atualmente, a ONGC Videsh participa de 32 blocos em 16 países, sendo responsável por 12% da produção de petróleo da Índia e por 7% da produção de gás natural. Na última semana, a empresa comprou mais 12% do bloco BC-10 da Petrobras. Como a empresa já possuía uma fatia de 15% no bloco desde 2006, sua participação foi elevada para 27%. O negócio saiu por 529 milhões de dólares.
Petrogal
A portuguesa Petrogal é outra participante do leilão. A empresa é uma sociedade entre a também lusitana Galp Energia, que detém 70% de seu capital, e a chinesa Sinopec, que responde pelos 30% restantes. A Petrogal possui duas refinarias em Portugal: Sines e Leça da Palmeira.
A Galp, sua controladora, encerrou 2012 com ativos de 12,721 bilhões de dólares, receitas de 21,176 bilhões e lucro de 542 milhões de dólares, segundo a consultoria especializada Platts.
Petronas
Fundada em 1974, a Petronas surgiu como uma espécie de Petrobras da Malásia. Dona de todas as reservas de petróleo e gás do país, a companhia fechou 2012 com faturamento de cerca de 200 bilhões de reais.
Nos últimos tempos, a petrolífera tem tentado entrar no mercado latino-americano. Após uma investida mal-sucedida na Venezuela, a Petronas pagou cerca de 850 milhões de dólares para comprar 40% de dois blocos de exploração pertencentes a OGX.
Total
A Total é hoje a sétima maior petrolífera do mundo, segundo a lista organizada pela consultoria especializada Platts. Presente em 130 países, a companhia encerrou o ano passado com receita de mais de 200 bilhões de dólares.
A empresa francesa vem investindo no exterior de diversas formas. Em setembro, a firma anunciou aquisições de blocos de exploração na África do Sul. Além disso, a empresa assinou contratos em Trinidad e Tobago no mesmo mês
Shell
Entre as gigantes do setor petrolífero, a Shell foi a única que se prontificou a participar do leilão de Libra. De origem holandesa e com receita na casa dos 470 bilhões de dólares em 2012, a companhia ficou em segundo lugar no ranking das empresas do ramo organizado pela consultoria especializada Platts.
Curiosamente, a Shell já foi dona de parte de Libra, mas antes da descoberta do campo. Dificuldades de exploração no então chamado bloco BS-4, em Santos, fizeram com que a empresa tivesse de devolver a área - da qual pode voltar a ser dona se sair vitoriosa do primeiro leilão do pré-sal.
São Paulo - Nove empresas estão concorrendo ao leilão do Campo de Libra , promovido nesta segunda-feira pela Agência Nacional do Petróleo ( ANP ). O que está em jogo é uma reserva estimada em quase 15 bilhões de barris, segundo os relatórios mais recentes da ANP.
Se o volume for comprovado, será o correspondente a quase o dobro de todas as reservas da Noruega, um dos 20 maiores produtores mundiais de petróleo e gás.
A dimensão do negócio atraiu a atenção de diversas companhias. Sinal dos tempos, países emergentes, como China e Índia, vão participar da disputa, a fim de assegurar o suprimento futuro em um momento de expansão de suas economias. Veja, a seguir, quem são as empresas participantes.
CNOOC
A China National Offshore Oil Corporation ( CNOOC ) é a terceira maior petroleira da China, atrás somente da PetroChina e da Sinopec. A companhia é controlada pelo governo chinês e emprega atualmente cerca de 100.000 funcionários.
Com faturamento anual de quase 38 bilhões de dólares, a CNOOC registrou lucro de 11 bilhões de dólares em 2012 e está entre as maiores petroleiras do mundo, segundo ranking da Platts. Em ativos, a companhia soma mais de 60 bilhões de dólares.
A CNOOC opera em seis áreas diferentes que vai da exploração e desenvolvimento de petróleo a serviços financeiros.
CNPC
A China Petroleum & Chemical Corporation ( CNPC ) é a controladora da PetroChina, maior petroleira do país asiático. A companhia, por sua vez, é controlada pelo governo chinês, que detém metade de suas operações por lá.
Com sede em Pequim, a CNPC figura como a 12ª maior petroleira do mundo. Em 2012, seu lucro somou mais de 11,5 bilhões de dólares. A companhia tem ativos que somam 180 bilhões de dólares e receita de cerca de 400 bilhões de dólares.
Ecopetrol
A colombiana Ecopetrol é outra que está na disputa pelo Campo de Libra. A empresa é a 14ª maior companhia do setor de petróleo do mundo, segundo a consultoria especializada Platts. A empresa fechou 2012 com ativos de 51, 609 bilhões de dólares e faturamento de 36,774 bilhões.
Suas reservas provadas de petróleo e gás, no final de 2012, eram de 1,876 bilhão de barris. A empresa atua em quatro áreas: exploração e produção; refino; transporte; e comércio de óleo e derivados.
Mitsui
A japonesa Mitsui Oil Exploration Co. (Moeco) é a divisão da gigante japonesa Mitsui para o setor de óleo e gás. Criada em 1967, a partir da fusão de 17 empresas do Grupo Mitsui, a companhia hoje opera em diversos países.
De acordo com seu site, a Mitsui encerrou 2012 com reservas de 941 milhões de barris equivalentes de petróleo (boe) e produção diária de 116.000 barris. A meta explicitada no site é de alcançar reservas de 1,1 bilhão de barris em 2015. Neste mesmo ano, a produção projetada é de 150.000 barris por dia.
ONGC Videsh
Sinal dos tempos, o Campo de Libra também é disputado por uma petroleira indiana, a ONGC Videsh. A empresa é uma subsidiária da Oil and Natural Gas Co. Seu principal foco é, justamente, explorar campos de óleo e gás no exterior.
Atualmente, a ONGC Videsh participa de 32 blocos em 16 países, sendo responsável por 12% da produção de petróleo da Índia e por 7% da produção de gás natural. Na última semana, a empresa comprou mais 12% do bloco BC-10 da Petrobras. Como a empresa já possuía uma fatia de 15% no bloco desde 2006, sua participação foi elevada para 27%. O negócio saiu por 529 milhões de dólares.
Petrogal
A portuguesa Petrogal é outra participante do leilão. A empresa é uma sociedade entre a também lusitana Galp Energia, que detém 70% de seu capital, e a chinesa Sinopec, que responde pelos 30% restantes. A Petrogal possui duas refinarias em Portugal: Sines e Leça da Palmeira.
A Galp, sua controladora, encerrou 2012 com ativos de 12,721 bilhões de dólares, receitas de 21,176 bilhões e lucro de 542 milhões de dólares, segundo a consultoria especializada Platts.
Petronas
Fundada em 1974, a Petronas surgiu como uma espécie de Petrobras da Malásia. Dona de todas as reservas de petróleo e gás do país, a companhia fechou 2012 com faturamento de cerca de 200 bilhões de reais.
Nos últimos tempos, a petrolífera tem tentado entrar no mercado latino-americano. Após uma investida mal-sucedida na Venezuela, a Petronas pagou cerca de 850 milhões de dólares para comprar 40% de dois blocos de exploração pertencentes a OGX.
Total
A Total é hoje a sétima maior petrolífera do mundo, segundo a lista organizada pela consultoria especializada Platts. Presente em 130 países, a companhia encerrou o ano passado com receita de mais de 200 bilhões de dólares.
A empresa francesa vem investindo no exterior de diversas formas. Em setembro, a firma anunciou aquisições de blocos de exploração na África do Sul. Além disso, a empresa assinou contratos em Trinidad e Tobago no mesmo mês
Shell
Entre as gigantes do setor petrolífero, a Shell foi a única que se prontificou a participar do leilão de Libra. De origem holandesa e com receita na casa dos 470 bilhões de dólares em 2012, a companhia ficou em segundo lugar no ranking das empresas do ramo organizado pela consultoria especializada Platts.
Curiosamente, a Shell já foi dona de parte de Libra, mas antes da descoberta do campo. Dificuldades de exploração no então chamado bloco BS-4, em Santos, fizeram com que a empresa tivesse de devolver a área - da qual pode voltar a ser dona se sair vitoriosa do primeiro leilão do pré-sal.