Compra de refinaria foi normal, diz José Sergio Gabrielli
Ex-presidente da Petrobras afirmou que não existe razão para questionamentos sobre a compra, em 2006, de uma refinaria em Pasadena, no Texas
Da Redação
Publicado em 29 de março de 2014 às 16h28.
Brasília – O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli disse hoje (6) que não existe qualquer razão para questionamentos ou dúvidas sobre a compra, em 2006, de uma refinaria em Pasadena, no estado do Texas, nos Estados Unidos. Em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) no Senado, Gabrielli garantiu que a refinaria foi comprada com preços alinhados à situação do mercado na época.
“A aquisição da refinaria foi um negócio normal, com preços em linha com o mercado”, disse. Gabrielli lembrou que a crise financeira que afetou várias economias do mundo alterou o cenário de consumo e investimentos dos Estados Unidos, enquanto o Brasil mantinha um ritmo de aquecimento da economia. O ex presidente da estatal brasileira lembrou ainda que o contrato firmado com a empresa belga Astra Oil – sócia da Petrobras no negócio firmado em 2006 – previa o fim da sociedade a qualquer tempo.
A partir de 2008, divergências marcaram o início da ruptura da sociedade em que a Petrobras havia investido US$ 360 milhões para ter direito sobre metade da Pasadena Refining System Inc. A aquisição completa da refinaria ocorreu sob vários processos judiciais iniciados no Brasil e nos Estados Unidos.
De acordo com denúncias feitas pela revista Veja, pela compra da outra parte da refinaria, a Petrobras pagou um total de US$ 1,8 bilhão. A reportagem destaca que o valor seria equivalente a dez vezes a oferta recebida pela estatal pela refinaria em dezembro do ano passado.
De acordo com Gabrielli o negócio foi concluído em 2012, com preço total de US$ 486 milhões, o que, de acordo com as contas da estatal, equivaleria a pouco mais de US$ 4,5 mil por barril. “Desafio qualquer técnico a dizer que isso não está em linha com o mercado na época. E o ativo [refinaria] permanece na mão da Petrobras e é uma refinaria bem localizada. Com reversão do ciclo, temos a oportunidade de aumentar o retorno desse ativo. Não vejo nenhuma razão para o questionamento, a não ser a desinformação”, completou.
Há quase dois meses, a atual presidenta da Petrobras, Graça Foster, disse, na Câmara dos Deputados, que a aquisição da Refinaria de Pasadena seguiu orientações positivas do mercado em 2006, e que as perdas produzidas com o negócio foram provocadas, principalmente, pela crise financeira mundial. Ela admitiu que no atual cenário, a empresa não repetiria a operação.
Os parlamentares devem continuar ouvindo autoridades da estatal sobre o assunto. O requerimento para que Gabrielli prestasse esclarecimentos hoje foi apresentado pelo senador Ivo Cassol (PP-RO). Antes que o ex-presidente da Petrobras iniciasse as explicações, o senador Blairo Maggi (PR-MT) adiantou que se o depoimento não satisfizer a comissão, o colegiado vai solicitar novas informações sobre o caso a outras autoridades e técnicos.
Brasília – O ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli disse hoje (6) que não existe qualquer razão para questionamentos ou dúvidas sobre a compra, em 2006, de uma refinaria em Pasadena, no estado do Texas, nos Estados Unidos. Em audiência pública na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA) no Senado, Gabrielli garantiu que a refinaria foi comprada com preços alinhados à situação do mercado na época.
“A aquisição da refinaria foi um negócio normal, com preços em linha com o mercado”, disse. Gabrielli lembrou que a crise financeira que afetou várias economias do mundo alterou o cenário de consumo e investimentos dos Estados Unidos, enquanto o Brasil mantinha um ritmo de aquecimento da economia. O ex presidente da estatal brasileira lembrou ainda que o contrato firmado com a empresa belga Astra Oil – sócia da Petrobras no negócio firmado em 2006 – previa o fim da sociedade a qualquer tempo.
A partir de 2008, divergências marcaram o início da ruptura da sociedade em que a Petrobras havia investido US$ 360 milhões para ter direito sobre metade da Pasadena Refining System Inc. A aquisição completa da refinaria ocorreu sob vários processos judiciais iniciados no Brasil e nos Estados Unidos.
De acordo com denúncias feitas pela revista Veja, pela compra da outra parte da refinaria, a Petrobras pagou um total de US$ 1,8 bilhão. A reportagem destaca que o valor seria equivalente a dez vezes a oferta recebida pela estatal pela refinaria em dezembro do ano passado.
De acordo com Gabrielli o negócio foi concluído em 2012, com preço total de US$ 486 milhões, o que, de acordo com as contas da estatal, equivaleria a pouco mais de US$ 4,5 mil por barril. “Desafio qualquer técnico a dizer que isso não está em linha com o mercado na época. E o ativo [refinaria] permanece na mão da Petrobras e é uma refinaria bem localizada. Com reversão do ciclo, temos a oportunidade de aumentar o retorno desse ativo. Não vejo nenhuma razão para o questionamento, a não ser a desinformação”, completou.
Há quase dois meses, a atual presidenta da Petrobras, Graça Foster, disse, na Câmara dos Deputados, que a aquisição da Refinaria de Pasadena seguiu orientações positivas do mercado em 2006, e que as perdas produzidas com o negócio foram provocadas, principalmente, pela crise financeira mundial. Ela admitiu que no atual cenário, a empresa não repetiria a operação.
Os parlamentares devem continuar ouvindo autoridades da estatal sobre o assunto. O requerimento para que Gabrielli prestasse esclarecimentos hoje foi apresentado pelo senador Ivo Cassol (PP-RO). Antes que o ex-presidente da Petrobras iniciasse as explicações, o senador Blairo Maggi (PR-MT) adiantou que se o depoimento não satisfizer a comissão, o colegiado vai solicitar novas informações sobre o caso a outras autoridades e técnicos.