Exame Logo

Como o McDonald's planeja conquistar o interior do Brasil

Levar toneladas de alface americana para Nordeste era um dos desafios a ser superados – com a ajuda de parceiros

McDonald’s: 23 milhões de dúzias de pães são consumidas pela rede no Brasil por ano (McDonald’s/Divulgação)

Tatiana Vaz

Publicado em 23 de julho de 2013 às 15h28.

São Paulo – Nesta quarta-feira, dia 06, a população de Juazeiro do Norte, interior do Ceará, ganhará o seu primeiro restaurante McDonald´s . Os consumidores da região irão encontrar ali lanches e demais produtos da rede com os mesmos exatos sabores e ingredientes que os vendidos pela empresa em suas outras 673 lojas no país.

São produtos vindos dos mesmos fornecedores e com a mesma exigência de qualidade. Um desafio que fez com que a multinacional se preparasse por quase três anos para este momento.

Desde que traçou a estratégia de ampliar sua participação em cidades do interior do país, o McDonald´s vem desenhando um plano de atuação que engloba toda sua cadeia de fornecedores no Brasil. Isso porque, para chegar até esses lugares, era preciso que a rede deslocasse todos seus esforços de logística, manutenção e abastecimento para cobrir as regiões – o que seria relativamente simples, se a empresa dependesse apenas de seus próprios recursos de investimento.

Porém, há um detalhe importante nessa história: o McDonald´s não fabrica absolutamente nada. Ele apenas oferece os serviços, além de, claro, ser responsável por todo o cardápio da rede. “Temos fornecedores que atendem nossos rígidos padrões de qualidade e tivemos que alinhar com eles nossos planos de ir para o interior do país”, afirma Celso Cruz, diretor de supply chain da Arcos Dourados, empresa controladora do McDonald´s no país.

Crescer juntos

A proposta do McDonald´s aos parceiros era deles crescerem junto com a rede no Brasil, com a pulverização da oferta de seus serviços fora das capitais. “Com a expansão demográfica deles, pudemos começar a investir em restaurantes fora de grandes metrópoles”, diz Cruz. O resultado dessa iniciativa é a abertura de restaurantes da rede nos últimos anos nas cidades pernambucanas de Caruaru e Petrolina, nas catarinenses Brusque, Chapecó e Tubarão e em Porto Velho, em Rondônia.


O curioso é que a rede teve de fazer um enorme traçado de onde e como queria chegar antes de fazer a proposta aos parceiros. Além de tomar algumas providências para isso. “Tivemos de ampliar o número de parceiros de 70 para 100 fornecedores em todo país e estamos ampliando, aos poucos, nosso centro de abastecimento em Osasco, na Grande São Paulo, para outros dois lugares: Recife, para atender o Nordeste, e Curitiba, para chegar mais fácil até o Sul”, afirma o diretor.

Se antes parte das 3.000 toneladas de alface americanas dos lanches da rede servidos no país ao ano, destinadas ao Nordeste, saiam de fornecedores em Osasco em voos diários para a região, agora um fornecedor local trata de fazer a entrega em menos tempo e por menos custo. Da mesma maneira, as 23 milhões de dúzias de pães consumidas pela rede no Brasil por ano são fornecidas também por parceiros em Recife e Curitiba, bem como as 18.000 toneladas de carne bovina e as 3.000 toneladas de tomate. “Os números astronômicos dão ideia do desafio que temos para sustentar os planos de crescer pelo país”, diz o executivo.

A principal fornecedora logística da rede no Brasil, a americana Martin-Brower, veio para o Brasil há 30 anos para atender justamente os serviços da rede no país. Nos últimos anos, com o aumento de sua carteira de clientes (a empresa também atende Subway e Bob´s por aqui) mais o crescimento do McDonald´s para o interior, a empresa decidiu apostar na expansão de seus negócios e praticamente triplicasse sua capacidade de atendimento nos últimos anos.

A rede hoje faz as entregas a partir dos seus sete centros de distribuição da companhia, localizados em São Paulo, Curitiba, Juiz de Fora, Rio de Janeiro e Recife – deste último, por sinal, é que sairá os produtos que irão compor os lanches que serão oferecidos pela rede a partir de amanhã, em Juazeiro do Norte.

Veja também

São Paulo – Nesta quarta-feira, dia 06, a população de Juazeiro do Norte, interior do Ceará, ganhará o seu primeiro restaurante McDonald´s . Os consumidores da região irão encontrar ali lanches e demais produtos da rede com os mesmos exatos sabores e ingredientes que os vendidos pela empresa em suas outras 673 lojas no país.

São produtos vindos dos mesmos fornecedores e com a mesma exigência de qualidade. Um desafio que fez com que a multinacional se preparasse por quase três anos para este momento.

Desde que traçou a estratégia de ampliar sua participação em cidades do interior do país, o McDonald´s vem desenhando um plano de atuação que engloba toda sua cadeia de fornecedores no Brasil. Isso porque, para chegar até esses lugares, era preciso que a rede deslocasse todos seus esforços de logística, manutenção e abastecimento para cobrir as regiões – o que seria relativamente simples, se a empresa dependesse apenas de seus próprios recursos de investimento.

Porém, há um detalhe importante nessa história: o McDonald´s não fabrica absolutamente nada. Ele apenas oferece os serviços, além de, claro, ser responsável por todo o cardápio da rede. “Temos fornecedores que atendem nossos rígidos padrões de qualidade e tivemos que alinhar com eles nossos planos de ir para o interior do país”, afirma Celso Cruz, diretor de supply chain da Arcos Dourados, empresa controladora do McDonald´s no país.

Crescer juntos

A proposta do McDonald´s aos parceiros era deles crescerem junto com a rede no Brasil, com a pulverização da oferta de seus serviços fora das capitais. “Com a expansão demográfica deles, pudemos começar a investir em restaurantes fora de grandes metrópoles”, diz Cruz. O resultado dessa iniciativa é a abertura de restaurantes da rede nos últimos anos nas cidades pernambucanas de Caruaru e Petrolina, nas catarinenses Brusque, Chapecó e Tubarão e em Porto Velho, em Rondônia.


O curioso é que a rede teve de fazer um enorme traçado de onde e como queria chegar antes de fazer a proposta aos parceiros. Além de tomar algumas providências para isso. “Tivemos de ampliar o número de parceiros de 70 para 100 fornecedores em todo país e estamos ampliando, aos poucos, nosso centro de abastecimento em Osasco, na Grande São Paulo, para outros dois lugares: Recife, para atender o Nordeste, e Curitiba, para chegar mais fácil até o Sul”, afirma o diretor.

Se antes parte das 3.000 toneladas de alface americanas dos lanches da rede servidos no país ao ano, destinadas ao Nordeste, saiam de fornecedores em Osasco em voos diários para a região, agora um fornecedor local trata de fazer a entrega em menos tempo e por menos custo. Da mesma maneira, as 23 milhões de dúzias de pães consumidas pela rede no Brasil por ano são fornecidas também por parceiros em Recife e Curitiba, bem como as 18.000 toneladas de carne bovina e as 3.000 toneladas de tomate. “Os números astronômicos dão ideia do desafio que temos para sustentar os planos de crescer pelo país”, diz o executivo.

A principal fornecedora logística da rede no Brasil, a americana Martin-Brower, veio para o Brasil há 30 anos para atender justamente os serviços da rede no país. Nos últimos anos, com o aumento de sua carteira de clientes (a empresa também atende Subway e Bob´s por aqui) mais o crescimento do McDonald´s para o interior, a empresa decidiu apostar na expansão de seus negócios e praticamente triplicasse sua capacidade de atendimento nos últimos anos.

A rede hoje faz as entregas a partir dos seus sete centros de distribuição da companhia, localizados em São Paulo, Curitiba, Juiz de Fora, Rio de Janeiro e Recife – deste último, por sinal, é que sairá os produtos que irão compor os lanches que serão oferecidos pela rede a partir de amanhã, em Juazeiro do Norte.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoArcos DouradosBob'sComércioDiversificaçãoEmpresasEmpresas americanasEmpresas argentinasFast foodFranquiasInvestimentos de empresasMcDonald'sRestaurantesVarejo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame