Masayoshi Son: o bilionário japonês investe fortunas em tecnologias disruptivas mundo afora (Koki Nagahama/Getty Images)
EXAME Hoje
Publicado em 7 de agosto de 2017 às 06h31.
Última atualização em 7 de agosto de 2017 às 08h36.
Não é todo dia que uma companhia com um fundo de 93 bilhões de dólares para investir divulga resultados. Hoje, quando o conglomerado japonês de tecnologia SoftBank divulgar seus números trimestrais, é esperado um lucro de 1,57 bilhão de dólares vindo da operação de telecomunicações do grupo no Japão. Mas investidores estarão de olho mesmo no apetite por aquisições.
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O Softbank, liderado pelo bilionário japonês Masayoshi Son, o homem mais rico do Japão, angariou fundos de companhias de tecnologia como Apple, Qualcomm e Sharp, além de ter recebido dinheiro também do fundo soberano da Arábia Saudita. Son, conhecido por apostar em empresas disruptivas dentro do setor de tecnologia, espera levantar 100 bilhões de dólares até o final do ano para investir, através de seu Fundo Visionário, em inovações como realidade virtual, inteligência artificial, computação em nuvem, economia de compartilhamento, entre outras.
Até agora os desembolsos e aquisições do Fundo Visionário do SoftBank já tiveram destinatários como a criadora de ambientes virtuais Improbable, uma companhia capaz de rodar simulações complexas no computador que levou 502 milhões de dólares. A fabricante de chips Nvidia também recebeu 4 bilhões de dólares. A companhia de fazendas internas Plenty teve um aporte de 200 milhões de dólares em julho. A Brain Corp, uma empresa que desenvolve tecnologia para carros autônomos, recebeu 114 milhões de dólares. Son é um cara voraz.
A capacidade do SoftBank de investir em novas tecnologias é tão grande quanto sua capacidade de fazer dívidas. No último trimestre, o débito da companhia girava em torno de 180 bilhões de dólares — uma característica que acompanha o SoftBank há muito tempo. Estabelecer um fundo para fazer grandes aquisições de ativos é uma ótima maneira de desalavancar a companhia. Ainda vai se ouvir falar muito do Fundo Visionário.