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Commodities para se proteger contra a guerra na Ucrânia

Economista do BTG vê intensificação de pressão de preços por início de conflito no Leste Europeu

Equipamentos de extração de petróleo em campos terrestres | Foto: Nick Oxford/File Photo/Reuters (Nick Oxford/File Photo/Reuters)

Equipamentos de extração de petróleo em campos terrestres | Foto: Nick Oxford/File Photo/Reuters (Nick Oxford/File Photo/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 24 de fevereiro de 2022 às 09h05.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2022 às 13h46.

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A escalada de tensões na Ucrânia chegou a um novo patamar nesta quinta-feira, 24, com a autorização de Moscou para a ofensiva militar no país. O presidente da Rússia, Vladimír Putin, ainda declarou que os países que tentarem interferir em seus planos enfrentarão “consequências jamais vistas". Preocupações sobre os desdobramentos do conflito, que pode ser o mais intenso da Europa desde a Segunda Guerra Mundial, têm provocado perdas severas nas bolsas de valores do mundo inteiro.

Apesar do momento negativo para o mercado de ações, preços de commodities seguem aumentando, com temores sobre possíveis reduções de oferta. Adicioná-las ao portfólio, segundo Leonardo Paiva, economista do BTG Pactual, pode ser uma forma de proteção contra a guerra na Ucrânia.

O petróleo, segundo Paiva, tende a ser um dos mais afetados por possíveis sanções ao gás natural da Rússia. "Por efeito de substituição, acaba gerando uma pressão muito grande nos preços de petróleo", disse Paiva no programa Abertura de Mercado, da EXAME Invest, desta quinta-feira, dia 24 de fevereiro. O economista ainda ressalta que os atuais níveis de produção da OPEP e dos Estados Unidos seguem baixos. "O quadro de oferta é muito fraco em relação ao que se espera de demanda."

O preço do petróleo já subiu cerca de 30% desde o início do ano, tendo superado a marca de 100 dólares por barril pela primeira vez desde 2014 nesta quinta. Além do petróleo, o economista espera pela valorização de commodities que a Rússia ou a Ucrânia estão entre as maiores produtoras, como o milho e o trigo. "Isso gera uma tendência de alta para essas commodities por ter uma escassez mais elevada."

A soja, segundo Paiva, é outra commodity que tende a subir. "A soja é uma substituição para o petróleo, dado que é usada na mistura para o diesel e biodiesel. Isso também vale para o etanol."

Assista ao programa, que é transmitido ao vivo de segunda a sexta, às 8h, no perfil da EXAME Invest no YouTube e no Instagram.

Se você ainda não conhece o programa, inscreva-se no canal da EXAME Invest para ficar sabendo da visão dos analistas de mercado e dos economistas.

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