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Com a crise, essas 10 empresas venderam ativos em 2016

Além de cortes de custos, algumas empresas decidiram vender partes de seus negócios ou participações minoritárias

Além de cortes de custos, algumas empresas decidiram vender partes de seus negócios ou participações minoritárias

Além de cortes de custos, algumas empresas decidiram vender partes de seus negócios ou participações minoritárias

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 11h39.

São Paulo – O ano de 2016 não foi fácil para as empresas. Desemprego, redução no consumo, queda de preços de commodities e investigações impactaram fortemente o balanço das companhias brasileiras e internacionais.

Por isso, além de cortes de custos, algumas empresas decidiram vender partes de seus negócios ou participações minoritárias em outras empresas.

A operação mais recente foi a venda da Vale Fertlizantes para a Mosaic. Petrobras, CSN e o Citigroup também estão na lista. Confira abaixo quais foram as empresas que venderam ativos esse ano.

Vale

A Vale anunciou ontem que vendeu alguns ativos de fertilizantes para a norte-americana Mosaic. O valor, de aproximadamente US$ 2,5 bilhões, será pago em dinheiro e em ações ordinárias.

Com a queda no preço das commodities, ela se desfez dos ativos para se concentrar nos seus negócios principais de mineração. No mesmo sentido, em abril a mineradora anunciou a venda de sua participação 26,87% na deficitária Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA) para a sócia alemã Thyssenkrupp, por um valor simbólico.

Odebrecht

Envolvida na Lava Jato, a Odebrecht busca vender parte de seus ativos para cumprir com seus compromissos financeiros. Sua maior venda ocorreu em outubro, quando a gestora canadense Brookfield comprou 70% da Odebrecht Ambiental por US$ 768 milhões.

Além disso, a divisão de energia vendeu sua subsidiária Odebrecht Energias Alternativas ao Grupo NC, formado por 10 empresas. Já a subsidiária Odebrecht Latinvest vendeu sua participação no projeto Olmos, de irrigação do Pero, para a Brookfield Infrastructure para a Suez.

Petrobras

Para reforçar seu caixa e reduzir a dívida, a Petrobras está com um plano ousado de desinvestimentos. A empresa pretende para completar US$ 57,7 bilhões em vendas de ativos em cinco anos. Em setembro, se desfez da Nova Transportadora Sudeste, que foi adquirida por um consórcio liderado pela canadense Brookfield. O valor foi de US$ 5,2 bilhões.

Também vendeu sua participação de 66% de uma área de exploração de petróleo na costa brasileira, chamada de Carcará, localizada na Bacia de Santos. A compradora foi a norueguesa Statoil ASA, por US$ 2,5 bilhões.

Com a venda da Liquigás em novembro, a estatal chegou mais perto de bater a sua meta. A subsidiária de engarrafamento e distribuição de gás liquefeito foi comprada pelo Grupo Ultra, que possui a Ultragaz, a rede de postos Ipiranga e a Extrafarma, entre outros negócios.

Citibank

O Itaú Unibanco fechou a compra da operação do varejo do Citibank no Brasil por R$ 710 milhões, em outubro. Foram vendidos os negócios de varejo voltados a pessoas físicas, além das participações societárias detidas pelo Citibank na TECBAN – Tecnologia Bancária S.A. e na Cibrasec – Companhia Brasileira de Securitização.

Com foco no cliente institucional, o Citigroup também busca se desfazer de operações na Argentina e na Colômbia e, em julho, fechou as contas correntes que operava na Venezuela.

CSN

Com uma dívida líquida ajustada de R$ 25,873 bilhões, a CSN vendeu 100% das ações de sua controlada Cia. Metalic do Nordeste (Metalic). A operação, firmada com a polonesa Can-Pack S.A., teve valor de US$ 98 milhões.

A empresa ainda planeja vender outros ativos como parte de seu plano de desinvestimentos, como o Terminal de Contêineres (Tecon).

BTG Pactual

Depois da prisão do ex-presidente do BTG Pactual, André Esteves, em novembro de 2015, o banco reduziu muito o seu tamanho. O BTG Pactual vendeu desde então US$ 3,5 bilhões em ativos para levantar capital e demitiu centenas de funcionários.

Entre os negócios fechados, está a venda da varejista Leader por menos de R$ 1.000 para a Legion Holdings, a reestruturação da Brasil Pharma com venda de algumas marcas e a transferência de sua subsidiária suíça BSI ao banco também suíço EFG International, por 1,33 bilhão de francos suíços (US$ 1,34 bilhão).

Camargo Corrêa

Empreiteira envolvida na Lava Jato, a Camargo Côrrea se desfez de sua fatia de 23% no bloco de controle da CPFL Energia para a gigante estatal chinesa State Grid Corp. O negócio foi avaliado em R$ 5,85 bilhões. Ela ainda negocia a venda de sua unidade de cimentos na Argentina.

Hypermarcas

Para se focar no mercado farmacêutico, que tem margens mais altas, a Hypermarcas vendeu, em janeiro, seu negócio de preservativos. A operação foi firmada com a Reckitt Benckiser (Brasil) Ltda. O negócio de preservativos, que inclui as marcas Jontex, Olla e Lovetex, gerou uma receita líquida de R$ 100,2 milhões em 2014, pouco mais de 2% da receita líquida da Hypermarcas no período.

LafargeHolcim

Não são apenas empresas brasileiras que precisaram reduzir seu tamanho para enfrentar dívidas, investigações ou obstáculos no mercado. Empresas internacionais também seguiram o caminho.

A LafargeHolcim vendeu a maior parte de seus ativos de cimento na China para a Huaxin Cement. A venda de 13 usinas de produção de cimento e quatro instalações de moagem foi acertada por uma quantia estimada em 208 milhões de francos suíços, disse o grupo de produção de cimento. O negócio irá ajudar a reduzir a dívida líquida da companhia, que é de 376 milhões de francos.

UniCredit

O banco italiano UniCredit vendeu sua gestora de recursos Pioneer Investments para o fundo de investimentos Amundi, com sede em Paris, por 3,8 bilhões de euros. A operação serviu para amenizar as preocupações dos investidores com a saúde financeira do banco.

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