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CNTA busca garantia de empregos com BRF

Após suspensão das exportações dos frigoríficos envolvidos, houve reunião com representantes da BRF em que foi pedida a garantia do emprego dos funcionários

BRF: disse que o ritmo de produção nas plantas não foi alterado, uma vez que as mesmas atendem outros mercados (foto/Divulgação)

BRF: disse que o ritmo de produção nas plantas não foi alterado, uma vez que as mesmas atendem outros mercados (foto/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 7 de março de 2018 às 16h40.

São Paulo - A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA) está negociando com a BRF garantias para os funcionários da empresa após nova fase da operação Carne Fraca voltar a envolver a companhia e resultar na suspensão das exportações dos frigoríficos envolvidos para alguns países.

De acordo com o presidente da CNTA, Artur Bueno de Camargo, houve uma reunião com representantes da BRF na véspera em que foi pedida a garantia do emprego dos funcionários destas fábricas. "Isso é um problema da gestão... os trabalhadores não podem pagar", afirmou à Reuters.

Procurada, a BRF disse que não comentaria sobre a reunião.

Bueno disse que até o momento não houve alterações no ritmo de produção das unidades, mas destacou que, quando há suspensão de exportações, é possível que ocorra uma redução na produção. "A tensão (entre os trabalhadores das fábricas afetadas) é enorme diante dos acontecimentos."

Na segunda-feira, a Polícia Federal prendeu temporariamente o ex-presidente da BRF Pedro Faria e a Justiça determinou a prisão de outras 10 pessoas em nova fase da operação que investiga irregularidades na análise sanitária de produtos alimentícios.

A operação ainda provocou a suspensão pelo Ministério da Agricultura das exportações nas fábricas da companhia em Rio Verde (GO), Carambei (PR) e Mineiros (GO) para destinos onde são exigidos requisitos sanitários específicos de controle e tipificação de Salmonella spp, entre eles África do Sul, Coreia do Sul e União Europeia.

A BRF disse que o ritmo de produção nas plantas não foi alterado, uma vez que as mesmas atendem outros mercados.

Bueno acrescentou que protocolou no Ministério do Trabalho também na terça-feira pedido para uma audiência com representantes da pasta e da BRF para que ocorra uma garantia do emprego dos trabalhadores.

Ele afirmou ainda que a CNTA está pleiteando com a companhia mudança no plano de remuneração variável por desempenho, para que o cálculo não considere apenas o resultado final da empresa em si, mas o resultado das respectivas áreas em que atuam os funcionários.

Segundo ele, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) referente ao exercício de 2017 foi paga na segunda-feira, com cada trabalhador recebendo em média 450 reais. A BRF encerrou o ano passado com prejuízo líquido de 1,1 bilhão de reais.

As ações da BRF exibiam alta de 4,6 por cento às 16:18, recuperando parte das perdas sofridas no início da semana, enquanto o Ibovespa tinha desvalorização de 0,9 por cento.

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