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CNPC está perto de comprar ativos da Petrobras no Peru

Segundo fontes, chinesa está próxima a fechar um acordo para comprar ativos da brasileira por mais de US$ 2 bilhões


	Plataforma em Campos da Petrobras: companhia está vendendo ativos para ajudar a financiar projetos nas águas profundas do Brasil
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Plataforma em Campos da Petrobras: companhia está vendendo ativos para ajudar a financiar projetos nas águas profundas do Brasil (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 16h34.

Hong Kong/Rio de Janeiro/São Paulo - A China National Petroleum Corp., a maior petrolífera do país asiático, está próxima a fechar um acordo para comprar ativos da Petrobras no Peru por mais de US$ 2 bilhões, afirmaram três fontes do setor.

O acordo proposto poderia ser anunciado no início do mês que vem, afirmou uma das fontes, que solicitaram o anonimato porque as negociações são privadas.

A Petrobras, a petrolífera de capital aberto mais endividada do mundo, está vendendo ativos para ajudar a financiar projetos nas águas profundas do Brasil. A companhia, controlada pelo governo brasileiro, fez um acordo para vender blocos de petróleo e oleodutos para a Perenco UK Ltd., na Colômbia, por US$ 380 milhões no mês passado.

A CNPC é a companhia energética asiática que mais aquisições realizou neste ano, segundo dados compilados pela Bloomberg.

Li Runsheng, porta-voz da CNPC em Pequim, não respondeu às ligações para seu escritório. Um telefonema e um e-mail enviados à Petrobras no Rio de Janeiro fora do horário comercial regular não foram respondidos.

A Petrobras entrou no Peru em 1996, segundo o site da companhia, que informa que a empresa produz cerca de 16 mil barris diários no país e possui participações em ativos de exploração nas bacias de Marañón, Huallaga e Madre de Dios.

Plano de vendas

A Petrobras também possui uma participação de 46 por cento no Bloco 57, operado pela Repsol SA na região amazônica do Peru. No ano passado, a Repsol anunciou que o campo de gás do bloco em Kinteroni possui pelos menos 2 trilhões de pés cúbicos de gás natural. Em 25 de julho, a companhia anunciou que o campo estava pronto para começar a produção. Em setembro de 2012, a Petrobras declarou que estava analisando os investimentos no bloco.


A Petrobras também possui o chamado Lote 58, com 56,6 trilhões de metros cúbicos de recursos contingentes de gás natural, segundo seu site.

A petrolífera estatal anunciou em 8 de outubro que arrecadou US$ 4,3 bilhões de dólares com a venda de ativos neste ano como parte de um plano de vendas de US$ 9,9 bilhões entre 2013 e 2017. Sua maior venda neste ano foi de US$ 1,5 bilhão por 50 por cento dos seus ativos africanos para o Grupo BTG Pactual do Brasil em junho.

A Petrobras, que na semana passada informou uma queda de 40 por cento nos lucros durante o terceiro trimestre, procurará financiar planos para investir US$ 237 bilhões na construção de refinarias e no desenvolvimento de campos em águas profundas nos cinco anos que finalizam em 2017. A Petrobras adquiriu uma participação de 40 por cento no campo de Libra, a maior descoberta na história do Brasil, em um leilão realizado pelo governo em 21 de outubro.

Prospectos submarinhos

Libra é o primeiro leilão de possibilidade submarina da chamada camada do pré-sal usando um modelo de produção conjunto. O consórcio que obteve uma concessão por 35 anos para o campo de Libra também inclui a Royal Dutch Shell Plc e a Total SA, com participação de 20 por cento para cada. A CNPC e a Cnooc Ltd., sediada em Pequim, possuem 10 por cento cada uma.

A CNPC, que é estatal, anunciou em março que investiria US$ 4,2 bilhões para comprar uma participação nos ativos de gás natural da Eni SpA em Moçambique. Em setembro, a produtora sediada em Pequim fez um acordo para pagar cerca de US$ 5 bilhões para adquirir uma participação no projeto petrolífero de Kashagan, da estatal KazMunaiGaz National Co., no Cazaquistão.

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