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Clube recebe Fonseca, da Frontier: estatais já precificam risco eleitoral

CIO com formação pela Escola de Chicago conta por que investe em Banco do Brasil e Petrobras em videocast semanal da Exame Invest

Rodrigo Fonseca, CIO e co-fundador da Frontier (Exame Invest/YouTube)

Rodrigo Fonseca, CIO e co-fundador da Frontier (Exame Invest/YouTube)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 23 de fevereiro de 2022 às 10h29.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2022 às 16h13.

Enquanto parte dos investidores prefere evitar ações de empresas estatais em ano de eleição, a gestora Frontier Capital, do co-fundador e CIO Rodrigo Fonseca, tem concentrado a carteira em Banco do Brasil (BBAS3) e Petrobras (PETR3/PETR4). Grande parte do risco eleitoral, segundo Fonseca, já está nos preços das ações.

"O processo foi antecipado no ano passado e esses ativos sofreram bastante. Então, os preços da Petrobras e do Banco do Brasil estão convidativos", disse Rodrigo Fonseca em sua participação na 18º edição do Clube, videocast semanal da EXAME Invest. O programa é apresentado por Daniel Cunha, da área de sales do BTG Pactual, e Bruno Lima, do time de Equity Research do BTG Pactual. 

Formado em Administração pela FGV e com MBA pela Universidade de Chicago, Rodrigo Fonseca tem uma extensa carreira de quase 30 anos no mercado financeiro e passagens por Morgan Stanley, ARX, Opportunity e Vertra Capital.

Para o CIO da Frontier, as eleições ainda podem causar reações negativas no mercado, mas a assimetria já é favorável. "Tem mais para ganhar do que para perder, o que justifica as posições."

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As ações da Petrobras, de acordo com os cálculos de sua equipe, teriam que subir 50% para bater o desconto histórico com empresas estrangeiras, que já estão baratas, na visão da gestora. "Existe a questão ESG e se [a indústria de petróleo] já está no final. Mas o mercado, às vezes, desconta demais. A Petrobras de hoje é uma empresa que está devolvendo muito capital. Isso reduz o risco." Pelas projeções de mercado, a empresa deve entregar dividend yield de cerca de 20% neste ano.

O valuation considerado atrativo também foi um dos pontos que levou a Frontier a investir nas ações do Banco do Brasil, com 0,76x P/VP (Preço/Valor Patrimonial), o mais baixo entre os gigantes do setor. "É muito barato." O menor preço, disse Fonseca, ajuda a proteger os papéis do efeito da maior competitividade no sistema financeiro.

"Bancos como o Itaú têm maior prêmio de franquia, de poder de mercado. Considerando que a competição vai reduzir o diferencial entre os bancos, o valuation do Itaú vai ser mais afetado. O Banco do Brasil está em preço de liquidação, então não tem esse problema."

Assista ao programa Clube com Rodrigo Fonseca, da Frontier Capital:

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