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Citigroup não pode impedir arbitragem de fundo por fatia

Árbitros, e não juízes federais, têm o poder de decidir se o sucesso do Citigroup na primeira arbitragem impede o Adia de iniciar uma segunda


	Citigroup: em novembro de 2007, o Adia investiu os 7,5 bilhões de dólares em troca de uma fatia de 4,9 por cento no Citigroup
 (Mario Tama/Getty Images)

Citigroup: em novembro de 2007, o Adia investiu os 7,5 bilhões de dólares em troca de uma fatia de 4,9 por cento no Citigroup (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2013 às 11h41.

Nova York - Um juiz dos Estados Unidos rejeitou a tentativa do Citigroup de impedir que a Autoridade de Investimento de Abu Dhabi (Adia, na sigla em inglês) tente uma segunda arbitragem sobre o investimento de 7,5 bilhões de dólares do fundo soberano em 2007, época em que o banco enfrentava dificuldades.

O juiz distrital Kevin Castel em Manhattan disse nesta segunda-feira que árbitros, e não juízes federais, têm o poder de decidir se o sucesso do Citigroup na primeira arbitragem impede o Adia de iniciar uma segunda, na qual busca 2 bilhões de dólares em indenização ou a rescisão do investimento.

Em novembro de 2007, o Adia investiu os 7,5 bilhões de dólares em troca de uma fatia de 4,9 por cento no Citigroup, ultrapassando o príncipe saudita Alwaleed bin Talal como o maior acionista individual do banco nova-iorquino.

Dois anos depois, o fundo deu início a arbitragem acusando o Citigroup de induzir seu investimento de maneira fraudulenta, por meio da emissão de ações preferenciais para outros investidores, o que diluiu sua participação.

Um conselho de arbitragem rejeitou as alegações do fundo em outubro de 2011, e o juíz distrital George Daniels em Manhattan confirmou a decisão em março.

O Adia buscou em agosto uma segunda arbitragem, trazendo duas reivindicações que levantou no primeiro procedimento: quebra de contrato, quebra de acordo implícito de boa-fé e da negociação justa.

Castel disse que a lei, e os termos do acordo de investimento de 2007, o deixavam sem poder de decidir se a primeira arbitragem impedia uma segunda.

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