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CEO da Volkswagen nega acusação de manipulação da Bolsa

Müller é suspeito, ao lado de outros executivos, de ter informado os mercados financeiros sobre o "Dieselgate" com um atraso proposital

Matthias Müller: o CEO comanda o grupo desde o fim de 2015 (Alexander Koerner/Getty Images)

Matthias Müller: o CEO comanda o grupo desde o fim de 2015 (Alexander Koerner/Getty Images)

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AFP

Publicado em 19 de maio de 2017 às 09h27.

O CEO do grupo alemão Volkswagen, líder mundial entre as montadoras, negou as acusações de manipulação da Bolsa no âmbito do escândalo dos motores a diesel manipulados.

A Promotoria de Stuttgart confirmou na quarta-feira a abertura de uma investigação contra membros da diretoria da holding Porsche SE, acionista majoritária da Volkswagen.

Entre os investigados está Matthias Müller, que comanda o grupo desde o fim de 2015.

Müller é suspeito, ao lado de outros executivos, de ter informado com atraso, de maneira voluntária, os mercados financeiros sobre o "Dieselgate", o que teve consequências financeiras desastrosas para os investidores.

"Rejeito a acusação da Promotoria de Stuttgart. Não tenho nada a ser censurado", declarou o dirigente em uma entrevista ao jornal econômico Handelsblatt.

O executivo recorda a posição da Volkswagen e da Porsche SE, que garantem ter cumprido corretamente suas obrigações em termos de comunicação com os mercados.

Vários membros da diretoria da Volkswagen, atuais ou antigos, já eram investigados na Alemanha pela instalação de um software que manipulou os resultados das emissões de poluentes de 11 milhões de veículos a diesel no mundo.

Mas a investigação da Promotoria de Stutgartt é a primeira contra Müller, que é suspeito de manipulação da Bolsa na qualidade de membro da diretoria da Porsche SE, e não apenas por sua atividade dentro da montadora de automóveis.

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