Negócios

CEO da Microsoft adia conversas sobre cortes de empregos

Satya Nadella adiou fazer qualquer comentário sobre cortes de empregos amplamente esperados

Satya Nadella, CEO da Microsoft, durante o lançamento do Surface Pro 3, em Nova York (Jin Lee/Bloomberg)

Satya Nadella, CEO da Microsoft, durante o lançamento do Surface Pro 3, em Nova York (Jin Lee/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2014 às 17h18.

Seattle - O presidente-executivo da Microsoft, Satya Nadella, adiou fazer qualquer comentário sobre cortes de empregos amplamente esperados na empresa de software na quinta-feira, depois de circular um memorando aos funcionários prometendo "achatar a organização e desenvolver processos de negócios mais magros."

Nadella disse que iria tratar de questões organizacionais e financeiras detalhadas para o novo ano financeiro da empresa, que começou no início deste mês, quando a Microsoft apresentar os lucros trimestrais em 22 de julho.

"Haverá muitas oportunidades para eu falar mais sobre os nossos planos fiscais específicos no dia 22", disse Nadella em entrevista por telefone.

Desde que absorveu a divisão de celulares da Nokia neste ano, a Microsoft tem 127 mil funcionários, muito mais do que os rivais da Apple e Google.

O mercado espera que Nadella faça alguns cortes, que representariam as primeiras grandes demissões da Microsoft desde 2009.

"Com a recente conversa no mercado sobre possíveis cortes de pessoas na Microsoft, era importante para Nadella estar visível e definir um tom otimista para os próximos meses, especialmente na esteira da integração da Nokia", disse Daniel Ives, analista da FBR Capital Markets.

Em um memorando enviado aos funcionários na sexta-feira e publicado no site da Microsoft, Nadella expôs a sua visão para a empresa cinco meses depois de assumir o cargo do antigo CEO, Steve Ballmer.

Mais notadamente, ele descreveu a Microsoft como "uma empresa de produtividade e plataforma" focada em computadores móveis e computação em nuvem, um avanço sutil na reinvenção de Ballmer da Microsoft como empresa de "dispositivos e serviços", o que poderia sinalizar menos ênfase em dispositivos de fabricação.

Nadella não entrou em detalhes sobre mudanças específicas que planejou para a Microsoft, mas sinalizou que a mudança era necessária.

"Nada está fora da mesa na forma como pensamos em mudar a nossa cultura para cumprir esta estratégia central", escreveu Nadella no memorando.

Nadella escreveu que tinha pedido aos seus líderes seniores para "avaliar oportunidades para avançar seus processos de inovação e simplificar suas operações e como eles funcionam."

Ele não discutiu em grande detalhe as empresas individuais, mas disse que estava comprometido com o desenvolvimento da plataforma de jogos Xbox, despejando água nas especulações de que a unidade pode ser desmembrada.

Ele não falou sobre o motor de busca Bing diretamente no memorando - que alguns investidores pediram à Microsoft para abandonar - mas não indicou que ele estaria pensando em desistir dele em uma entrevista.

Acompanhe tudo sobre:Cortes de custo empresariaisDemissõesDesempregoEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaEstratégiagestao-de-negociosMicrosoftReestruturaçãoSatya NadellaTecnologia da informação

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia