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Cemig aposta no gás de xisto para crescer

"É essencial ter um adicional de gás. A Petrobras não consegue atender a demanda", disse o diretor financeiro da empresa, Luiz Fernando Rolla

Cemig: Para dar conta do projeto, a empresa negocia com investidores americanos, associados a empresas de exploração e produção de gás de xisto nos Estados Unidos, a venda de participações em quatro blocos exploratórios que possui em Minas Gerais. (Arquivo)
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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2013 às 21h24.

Rio - Diante da perspectiva da adoção de tarifas de energia menores a partir deste ano, a Cemig aposta no gás de xisto para crescer, como afirmou o diretor financeiro da empresa, Luiz Fernando Rolla, em conferência com analistas. "É essencial ter um adicional de gás. A Petrobras não consegue atender a demanda. Tenho que arranjar uma fonte alternativa. E a fonte alternativa que encontramos é o gás de xisto, que tem uma ocorrência muito grande na bacia do São Francisco", destacou.

Para dar conta do projeto, a empresa negocia com investidores americanos, associados a empresas de exploração e produção de gás de xisto nos Estados Unidos, a venda de participações em quatro blocos exploratórios que possui em Minas Gerais. Esses investidores poderão ser sócios majoritários no negócio, que deverá ser concluído no segundo semestre, disse Rolla, complementando que não irá participar da próxima rodada de blocos exploratórios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

"Espero em algum tempo ter o gás disponível para a produção de energia", disse. A expectativa é que o gás contribua para a geração de caixa da empresa no horizonte de dois anos. Rolla destacou que a reserva de gás no São Francisco está localizada próxima à rede de distribuição de gás da Gasmig, também controlada pelo governo do estado de Minas Gerais, e próxima das linhas de transmissão de energia da Cemig, o que facilita o transporte da eletricidade produzida a partir do gás.

Assim como o gás de xisto, a aquisição de uma parte da distribuidora mineira Gas Brasiliano é considerada prioritária. Já foram negociados com a Petrobrás a compra de 40% do ativo, que agora depende da aprovação pela ANP para ser concluída. A Cemig gostaria de adquirir uma participação um pouco maior, mas duvida que a estatal esteja disposta a vender.

"Se a Petrobras quiser vender uma participação maior do que esta, temos o interesse. Mas não houve nenhum movimento da Petrobrás nesse sentido", disse Rolla. Em geração de energia, a expectativa é aumentar a carteira de ativos com a aquisição de usinas ou com a construção de novas unidades, como eólicas e solares. O diretor da Cemig informou, contudo, não ter interesse na aquisição da hidrelétrica Três Irmãos, cuja concessão retornou da Cesp para a União recentemente.

Rolla evitou fazer uma previsão do reajuste tarifário que será determinado pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mas previu que, diante dos novos valores para o megawatt-hora, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, apreciação e amortização) de 2013 deverá cair 20% em comparação ao ano anterior. O reajuste seria analisado pela agência em reunião de diretoria nesta sexta-feira, mas foi retirado da pauta.

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Rio - Diante da perspectiva da adoção de tarifas de energia menores a partir deste ano, a Cemig aposta no gás de xisto para crescer, como afirmou o diretor financeiro da empresa, Luiz Fernando Rolla, em conferência com analistas. "É essencial ter um adicional de gás. A Petrobras não consegue atender a demanda. Tenho que arranjar uma fonte alternativa. E a fonte alternativa que encontramos é o gás de xisto, que tem uma ocorrência muito grande na bacia do São Francisco", destacou.

Para dar conta do projeto, a empresa negocia com investidores americanos, associados a empresas de exploração e produção de gás de xisto nos Estados Unidos, a venda de participações em quatro blocos exploratórios que possui em Minas Gerais. Esses investidores poderão ser sócios majoritários no negócio, que deverá ser concluído no segundo semestre, disse Rolla, complementando que não irá participar da próxima rodada de blocos exploratórios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

"Espero em algum tempo ter o gás disponível para a produção de energia", disse. A expectativa é que o gás contribua para a geração de caixa da empresa no horizonte de dois anos. Rolla destacou que a reserva de gás no São Francisco está localizada próxima à rede de distribuição de gás da Gasmig, também controlada pelo governo do estado de Minas Gerais, e próxima das linhas de transmissão de energia da Cemig, o que facilita o transporte da eletricidade produzida a partir do gás.

Assim como o gás de xisto, a aquisição de uma parte da distribuidora mineira Gas Brasiliano é considerada prioritária. Já foram negociados com a Petrobrás a compra de 40% do ativo, que agora depende da aprovação pela ANP para ser concluída. A Cemig gostaria de adquirir uma participação um pouco maior, mas duvida que a estatal esteja disposta a vender.

"Se a Petrobras quiser vender uma participação maior do que esta, temos o interesse. Mas não houve nenhum movimento da Petrobrás nesse sentido", disse Rolla. Em geração de energia, a expectativa é aumentar a carteira de ativos com a aquisição de usinas ou com a construção de novas unidades, como eólicas e solares. O diretor da Cemig informou, contudo, não ter interesse na aquisição da hidrelétrica Três Irmãos, cuja concessão retornou da Cesp para a União recentemente.

Rolla evitou fazer uma previsão do reajuste tarifário que será determinado pela diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Mas previu que, diante dos novos valores para o megawatt-hora, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, apreciação e amortização) de 2013 deverá cair 20% em comparação ao ano anterior. O reajuste seria analisado pela agência em reunião de diretoria nesta sexta-feira, mas foi retirado da pauta.

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