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Caterpillar já transfere produção do Brasil aos EUA

A filial brasileira da Caterpillar está perdendo seu papel de plataforma de exportação. A empresa já começou a transferir linhas de produção para as unidades fabris da matriz nos Estados Unidos. O movimento foi provocado pela valorização do real em relação ao dólar. ?Já existem produtos que vale mais a pena produzir nos Estados Unidos. […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

A filial brasileira da Caterpillar está perdendo seu papel de plataforma de exportação. A empresa já começou a transferir linhas de produção para as unidades fabris da matriz nos Estados Unidos. O movimento foi provocado pela valorização do real em relação ao dólar. ?Já existem produtos que vale mais a pena produzir nos Estados Unidos. Perdemos algumas linhas e isso vai se agravar à medida que a economia americana se recupere?, disse o presidente da Caterpillar Brasil, Luiz Carlos Calil.

Segundo ele, o dólar a R$ 1,70 não oferece uma redução de custos no Brasil que compense a vantagem logística das unidades situadas nos Estados Unidos. O executivo afirma que o câmbio abaixo de R$ 2,00 inviabiliza a exportação de máquinas do Brasil. Quando chegou ao País em 1954, o objetivo da multinacional americana Caterpillar, uma das maiores fabricantes mundiais de máquinas para construção e tratores, era atender ao mercado local. Com o tempo, a fábrica situada em Piracicaba, no interior de São Paulo, passou a exportar para a América Latina e a complementar o fornecimento do mercado dos Estados Unidos.

Antes da crise, a filial brasileira chegou a exportar mais da metade da produção para diferentes destinos. Em 2009, os embarques para a matriz nos Estados Unidos caíram 53%. Calil prevê um aumento entre 25% e 30% nas exportações este ano, mas admite que não será possível retomar o espaço perdido. ?O real forte e o aumento do preço do aço prejudicou a competitividade?, disse. ?O câmbio não estava favorável em 2008, mas a demanda era tão grande que todas as plantas no mundo trabalhavam a todo vapor. Hoje isso mudou?. Ele avalia que, mesmo aquecido, o mercado interno não vai compensar a exportação. Hoje a Caterpillar emprega 700 pessoas menos do que antes da crise. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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