Carteira de crédito da Caixa crescerá 40%, diz Hereda
A carteira de crédito do banco público, que está hoje em R$ 315 bilhões, deve crescer em velocidade muito próxima da alta de 42%, que deve ser registrada em 2012
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2012 às 08h15.
Tóquio - O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, afirmou, em Tóquio, à Agência Estado, que a carteira de crédito do banco público, que está hoje em R$ 315 bilhões, deve crescer perto de 40% em 2013 ante este ano, velocidade muito próxima da alta de 42% que deve ser registrada em 2012 em relação a 2011.
Em relação à concessão de crédito para o setor imobiliário pela Caixa, na categoria originação, Hereda apontou que deverá crescer 20% em 2013 em relação a este ano, mantendo o mesmo ritmo de expansão deste ano ante 2011. Com isso, esse segmento de financiamentos que atingiu por parte do banco um montante de R$ 80 bilhões em 2011, deverá alcançar R$ 100 bilhões em 2012 e R$ 120 bilhões em 2013.
Hereda ressaltou que a Caixa deverá firmar 750 mil contratos relativos ao programa Minha Casa, Minha Vida em 2013. Em 2012, o banco oficial computou a entrega de um milhão de moradias e mais um milhão de contratos foram firmados. Para o próximo ano, a expectativa do presidente da Caixa é de que sejam contratados mais 750 mil residências nesse plano federal.
Bolha
Hereda afirmou que não há risco de ocorrer bolha imobiliária no Brasil, como foi registrado nos Estados Unidos e na Espanha. Para ele, vários fatores lhe dão segurança de que tal problema não ocorrerá.
Um deles é o nível de garantia para o financiamento dos imóveis, que é elevado. "No País, o sonho da casa própria é muito importante. Nessas nações que tiveram problemas bastante sérios as pessoas já possuíam moradias e estavam comprando o segundo ou o terceiro imóvel", destacou. "Já no Brasil, a última coisa que o cidadão quer é perder a sua residência", destacou.
Além disso, Hereda destacou que no Brasil o mercado secundário imobiliário ainda é muito pequeno, diferente do que ocorreu nos EUA, onde "ativos bons podiam ser empacotados com ativos não bons e ser distribuídos" por instituições financeiras. "Estamos muito distante de uma bolha no Brasil", apontou.
Ele fez os comentários após participar de evento promovido pela Câmara do Comércio Brasileira no Japão.