São Paulo – A tão aclamada sensualidade da mulher brasileira não está apenas esquentando as coisas em muitos lares da cinzenta Londres. Está, também, garantindo um pouco de sossego a Marc Bolland, presidente da Marks & Spencer, tradicional rede britânica de varejo.

De acordo com o jornal The Guardian, uma linha de calcinhas inspiradas no país e batizada de “Brazilian Knickers” foi a principal responsável por evitar uma revolta dos acionistas da Marks & Spencer, durante a assembleia anual, realizada nesta quarta-feira (13/7).

O sucesso das calcinhas brasileiras foi a peça-chave do aumento de 3,2% das vendas gerais da Marks & Spencer no período de 13 semanas encerrado em 2 de julho. Segundo The Guardian, a varejista lançou uma promoção de venda de três peças por dez libras. O resultado foi uma venda de 460.000 peças.

Para ajudar, a Marks & Spencer contratou a top model brasileira Ana Beatriz Barros, que também desfila para a Victoria’s Secret, para divulgar a coleção. As calcinhas apostam em rendas, transparências e cortes mais pronunciados. Em resumo: o básico para inspirar alguma sensualidade.

No encontro de acionistas, os presentes pretendiam contestar o pacote de remuneração de longo prazo de Bolland. Os ganhos previstos alcançam 15 milhões de libras, e incluem 1 milhão de libras de “boas-vindas”, já que ele assumiu o posto no ano passado, no lugar de Sir Stuart Rose.

O sucesso das calcinhas brasileiras, no entanto, fez com que 97% dos acionistas votassem a favor da dinheirama prometida a Bolland. Nada como um pouco do tempero tropical para quebrar o gelo, seja de casais londrinos ou de acionistas da Marks & Spencer.