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Calçadista quer medidas para conter importação irregular

São Paulo - O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Milton Cardoso, disse hoje, em São Paulo, que espera para as próximas semanas a adoção de medidas por parte do governo para conter os indícios de avanço das vendas de calçados chineses por meio de outros países asiáticos para o Brasil. "Estamos […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - O presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Milton Cardoso, disse hoje, em São Paulo, que espera para as próximas semanas a adoção de medidas por parte do governo para conter os indícios de avanço das vendas de calçados chineses por meio de outros países asiáticos para o Brasil. "Estamos confiantes na adoção de medidas contra as triangulações, não só no caso do calçados, como de outros produtos", afirmou na Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios (Francal), em São Paulo,

Segundo Cardoso, o pleito foi encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Receita Federal e Ministério da Fazenda. O executivo disse que os países para os quais serão pedidas a extensão da tarifa antidumping, idêntica à aplicada contra a China, no valor de US$ 13,85 por par, são Malásia, Cingapura, Vietnã e Indonésia.

"É uma medida simples. Pedimos ao governo a regulamentação de uma lei aprovada pelo Congresso, com base nas regras da Organização Mundial do Comércio", afirmou. O executivo ressaltou que medidas idênticas são aplicadas nos Estados Unidos, União Europeia e Argentina.

Investimentos

No mercado interno, a expectativa do setor é de um crescimento este ano entre 20% e 25% nos investimentos, para um patamar próximo a R$ 500 milhões. "O mercado interno está muito aquecido e as medidas de defesa comercial contra os calçados chineses trouxeram novamente o otimismo para o setor", afirmou Cardoso.

Dados compilados pelo setor apontam que, após o contingente de empregados recuar a 290 mil postos, em dezembro de 2008, quando a crise financeira internacional causou seus maiores estragos ao setor, a Indústria retomou os níveis de emprego pós-crise. Atualmente, o setor calçadista emprega 360 mil pessoas. Mas Cardoso já prevê que o contingente possa chegar próximo aos 400 mil até o final do ano.

A base deste otimismo é a previsão de crescimento de 5,5% da produção interna de calçados e de 11,5% para o aumento do faturamento das indústrias nacionais este ano sobre 2009. No ano passado, em comparação a 2008, o investimento recuou 12% e a produção, 0,3%.
 

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