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Como uma caixa de cereal com o rosto de Barack Obama salvou o Airbnb

Brian Chesky, CEO e fundador do Airbnb, afirmou que primeiro grande aporte da startup aconteceu graças a um produto inusitado desenvolvido pelos fundadores da empresa

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Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos: caixa de cereal com rosto do político trouxe primeiro grande investimento do Airbnb (Bill Pugliano/Getty Images)

Barack Obama, ex-presidente dos Estados Unidos: caixa de cereal com rosto do político trouxe primeiro grande investimento do Airbnb (Bill Pugliano/Getty Images)

Não raro em empresas de sucesso, as histórias curiosas envolvendo os primeiros anos de fundação e estruturação chamam a atenção pelo ineditismo. Relatos envolvendo os esforços de fundadores para angariar os primeiros cheques de uma companhia iniciante, também. Com o Airbnb, empresa de estadia temporária, não foi diferente. Em um painel durante um evento em Stanford, o CEO e fundador do Airbnb, Brian Chesky, disse que provavelmente a startup não teria saído do papel se não fosse uma caixa de cereal.

Fato é que o Airbnb encarou alguns percalços para convencer o mercado de que a ideia de ceder imóveis residenciais para locação temporária era, realmente, uma boa ideia. Os primeiros investidores rejeitavam a narrativa, o que colocava em xeque a capacidade da empresa em ser mais do que uma simples apresentação de slides malsucedida.

Como conseguiram pivotar a empresa

Sem conseguir convencer terceiros a financiar o negócio, Chesky e seus outros dois sócios-fundadores — Joe Gebbia e Nathan Blecharczyk — recorreram à enxuta base de clientes que já utilizava a plataforma para locação de imóveis em busca de recursos para dar o próximo passo.

O pitch resumido em algumas páginas de apresentação num PowerPoint incapaz de despertar o interesse de financiadores deu lugar a uma linha de cereais vendida nas casas e apartamentos a um preço de US$ 40, dez vezes o valor cobrado pelo produto por demais fabricantes na época. O chamariz era uma caixa desenhada pessoalmente pelos fundadores e que estampava os rostos de Barack Obama e John McCain, presidenciáveis na corrida eleitoral americana de 2008.

Por que uma caixa de cereal salvou o Airbnb

A popularidade do produto, oferecido como uma alternativa de café da manhã nos imóveis do Airbnb, rendeu à startup uma receita de US$ 30 mil. Foram vendidas, ao todo, mil caixas do cereal.

O sucesso chamou a atenção do primeiro investidor potencial da empresa: Paul Graham, cofundador da aceleradora Y Combinator, uma das mais populares do Vale do Silício por onde já passaram empresas como Stripe, Rappi e Brex. 

A facilidade com que Chesky, Gebbia e Blecharczyk comercializaram um produto simples e a um preço inflado impressionou o investidor.

“Se você pode convencer as pessoas a pagar US$ 40 por caixas de cereal de US$ 4, talvez, apenas talvez, você possa convencer estranhos a viverem juntos”, disse Graham ao trio de fundadores, de acordo com Chesky.

A Y Combinator decidiu investir na empresa com um cheque de US$ 20 mil, em troca de 6% da companhia, relata a CNBC.

O investimento também atraiu uma nova leva de investidores dispostos a aportar dinheiro na empresa. Atualmente, o Airbnb vale cerca de US$ 67 bilhões , feito que talvez nunca tivesse sido alcançado sem o cereal.

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