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BTG tem resgates de R$ 866 mi em fundos de renda fixa

Os clientes do Grupo BTG Pactual continuaram sacando dinheiro de alguns fundos de renda fixa do banco no final da semana passada


	André Esteves, presidente do BTG Pactual: retirada de R$ 5,1 bilhões ao longo de três dias ocorreu após a prisão do acionista controlador, e então CEO do banco, André Esteves
 (Nacho Doce/Reuters)

André Esteves, presidente do BTG Pactual: retirada de R$ 5,1 bilhões ao longo de três dias ocorreu após a prisão do acionista controlador, e então CEO do banco, André Esteves (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 19h54.

Os clientes do Grupo BTG Pactual continuaram sacando dinheiro de alguns fundos de renda fixa do banco no final da semana passada, retirando um total líquido de R$ 866 milhões (US$ 224 milhões) na sexta-feira.

O montante, divulgado na segunda-feira, se soma aos R$ 4,2 bilhões em saques líquidos registrados nos dias 25 e 26 de novembro, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A retirada de R$ 5,1 bilhões ao longo de três dias ocorreu após a prisão do acionista controlador, e então CEO do banco, André Esteves. O valor representa cerca de 40 por cento do patrimônio líquido total dos 10 fundos de renda fixa listados no site do banco.

Os líderes do BTG passaram o fim de semana em negociações emergenciais para a venda de ativos e anunciaram na noite de domingo que Roberto Sallouti e Marcelo Kalim, ambos sócios da banco, assumiriam como co-CEOs.

O bilionário Esteves, que está preso por tempo indeterminado como parte de uma investigação de corrupção, renunciou a todos os seus cargos na empresa, o BTG informou no domingo.

A mudança na diretoria não dissipou as preocupações a respeito do BTG. As ações do banco despencaram pelo quinto dia seguido nesta terça-feira, caindo 2,4 por cento, e os yields de seus bonds de referência que vencem em 2020 subiram para um novo recorde de 13,96 por cento.

Um representante do BTG Pactual preferiu não comentar sobre os saques.

O Supremo Tribunal Federal prolongou a detenção de Esteves, inicialmente fixada em cinco dias, para um período indeterminado de tempo. Ele está preso pela suspeita de ter tentado interferir no depoimento de um ex-executivo da Petrobras que foi preso em janeiro sob a acusação de pagamento de propinas. Por meio de seu advogado, Esteves negou ter cometido irregularidades.

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