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BTG é alvo de operação da Lava Jato sobre vazamento da Selic

Operação investiga vazamentos de resultados de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ocorridos nos anos de 2010, 2011 e 2012; ações caem 6%

Sede do BTG: banco é alvo de operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal de São Paulo (Leandro Fonseca/Exame)

Sede do BTG: banco é alvo de operação da Polícia Federal e do Ministério Público Federal de São Paulo (Leandro Fonseca/Exame)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2019 às 11h37.

Última atualização em 3 de outubro de 2019 às 12h02.

São Paulo - Operação conjunta do Ministério Público Federal em São Paulo e Polícia Federal investiga vazamentos de resultados de reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ocorridos nos anos de 2010, 2011 e 2012. A deflagração da operação “Estrela Cadente” ocorreu nesta quinta-feira (3) e o alvo é o banco BTG Pactual.

Na operação, está sendo cumprido um mandado de busca e apreensão, expedido pela Justiça Federal de São Paulo, no endereço sede do banco em São Paulo para levantamento de novas evidências sobre o caso sob investigação.

A investigação, instaurada a partir de colaboração premiada de Antônio Palocci, apura o fornecimento de informações sigilosas sobre alterações na taxa de juros Selic, por parte da cúpula do Ministério da Fazenda e do Banco Central, em favor de um fundo de investimento administrado pelo BTG, que, com elas, teria obtido lucros extraordinários de dezenas de milhões de reais.

É investigada a possível prática, entre outros, dos crimes tipificados nos artigos 317 (corrupção passiva) e 333 (corrupção ativa), ambos do Código Penal, art. 27-D, da Lei n° 6.385/76 (informação privilegiada), bem como o art. 1°, da Lei nº 9.613/98 (lavagem e ocultação de ativos).

As ações do banco caíam 6% às 11h30, sendo vendidas a 52,89 reais. Os papéis chegaram a cair 9%. O Ibovespa recuava 0,90% no mesmo horário.

Em nota, o BTG esclarece que, em relação às diversas notícias veiculadas sobre a operação denominada “Estrela Cadente”, recebeu pedidos de informação do MPF referentes à operações realizadas pelo Fundo Bintang FIM.

"O fundo possuía um único cotista pessoa física, profissional do mercado financeiro que também era o gestor credenciado junto à CVM, que nunca foi funcionário do BTG Pactual ou teve qualquer vínculo profissional com o banco ou qualquer de seus sócios. O Banco BTG Pactual exerceu apenas o papel de administrador do referido fundo, não tendo qualquer poder de gestão ou participação no mesmo."

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