Negócios

Braskem vê preço de nafta com Petrobras como "superado"

Segundo executivo, petroquímica aceitou pagar preço caro, levemente acima de referência no mercado europeu (ARA), para encerrar a questão


	Fábrica da Braskem: a petroquímica havia proposto uma fórmula de preço flexível
 (Divulgação/Braskem)

Fábrica da Braskem: a petroquímica havia proposto uma fórmula de preço flexível (Divulgação/Braskem)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2015 às 12h38.

São Paulo - O presidente da Braskem, Carlos Fadigas, disse nesta sexta-feira que um acordo com a Petrobras para um contrato de longo prazo de fornecimento de nafta ainda está indefinido, apesar da questão relativa ao preço do insumo estar “praticamente superada”.

Segundo o executivo, a petroquímica aceitou pagar um preço caro, levemente acima de 100 por cento do valor de referência no mercado europeu (ARA) para encerrar a questão.

“A Petrobras quer um preço fixo, o que de novo é ruim para a indústria química, mas para resolver o assunto, nós aceitamos”, afirmou às margens de evento do setor nesta sexta-feira.

A petroquímica havia proposto uma fórmula de preço flexível, com variação de 90 a 110 por cento do preço de ARA, que se adaptasse à volatilidade do mercado e dos preços do petróleo.

No contrato de longo prazo anterior, a fórmula variava de 92,5 a 105 do preço de ARA. Mas a posição formal da petrolífera dessa vez, de acordo com Fadigas, foi por um preço fixo.

A formalização de um acordo ainda não ocorreu por conta da burocracia da estatal.

“O que falta são as questões da Petrobras, de controladoria, compliance, governança e as diversas camadas internas de aprovação. Está tomando mais tempo do que a gente imaginava”, disse Fadigas.

Ele afirmou, contudo, que há expectativa de que o assunto se resolva até o último dia do atual aditivo ao contrato, o quinto, que vence em 15 de dezembro.

A Braskem importa cerca de 30 por cento das necessidades de nafta e tem o restante da matéria-prima fornecida pela Petrobras.

Uma decisão sobre o contrato de longo prazo se arrasta desde 2013, quando a Petrobras informou que não renovaria o acordo quando ele completasse seu quinto ano, em fevereiro de 2014. Desde então, as companhias vêm assinando sucessivos aditivos contratuais, o que, segundo a Braskem, traz imprevisibilidade e atrapalha investimentos.

Às 12h19, as ações da Braskem recuavam 1,6 por cento, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,6 por cento. Os papéis da Petrobras, enquanto isso, tinham ganho de 0,54 por cento.

Acompanhe tudo sobre:BraskemCapitalização da PetrobrasCombustíveisEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEnergiaEstatais brasileirasIndústria do petróleoPetrobrasPetróleoQuímica e petroquímica

Mais de Negócios

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões

Esta empresária catarinense faz R$ 100 milhões com uma farmácia de manipulação para pets

Companhia aérea do Líbano mantém voos e é considerada a 'mais corajosa do mundo'