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"Braskem não comprará Quattor", diz controlador da Unipar

Segundo Alberto Geyer, sócio da Vila Velha, operação desrespeita princípios societários

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2012 às 16h56.

São Paulo - As negociações da venda dos ativos da Quattor Petroquímica para a Braskem, do grupo Odebrecht, estão longe de serem finalizadas, garante o empresário Alberto Soares de Sampaio Geyer.
"Como isso seria possível, sendo que não teve convocação do conselho, nem assembleia para determinar a operação?", afirmou ele ao Portal EXAME. Surpreendido nesta terça-feira (05/01) com o noticiário sobre a possível criação de uma nova companhia petroquímica, o herdeiro de Paulo Geyer diz ter se sentindo passado para trás.
O empresário recorreu da decisão e aguarda a reavaliação do caso. A resposta, segundo ele, deverá sair na próxima quinta-feira. "Depois de resolver essa história, vou insistir na minha oferta de compra da participação de cada controlador da Unipar. Estou oferecendo 80 milhões de reais para cada um", revela. Confira os principais trechos da entrevista a seguir.

Portal EXAME - Por que o senhor discorda da aquisição da Quattor pela Braskem?
Alberto Geyer - Sou radicalmente contra essa incorporação, porque ela atinge diretamente o meu patrimônio. Os demais controladores da empresa não estão nem aí para a minha opinião. Eles atropelaram o meu direito de preferência para criar um monopólio no setor petroquímico brasileiro. Não estou interessado em saber se alguém acha boa, ou ruim a aquisição. Estou vendo o meu aspecto como controlador, entende? Como sou controlador, tenho o direito de discordar da venda da Quattor. Nesse negócio, a Petrobras, de quem sou sócio, é minoritária. Não interessa quem está por trás do negócio. Não quero saber se a Dilma Rousseff (ministra-chefe da Casa Civil) está fazendo pressão para desenrolar o negócio. É evidente que estou sendo desrespeitado. O estatuto da Vila Velha garantia que a companhia não poderia ser vendida a terceiros sem a aprovação prévia de 90% do conselho. A Justiça está aí para julgar o que é certo e o que é errado.

Portal EXAME - Como o senhor impedirá o anúncio da operação em fato relevante, prometido para os próximos dias?
Alberto Geyer - Podem anunciar quantos fatos relevantes quiserem. Isso não mudará coisa alguma. O que for feito deverá ser desfeito depois de comprovadas as irregularidades do negócio. Uma coisa é certa: não vou assistir aos outros controladores tomarem decisões sem me consultar e ao Brasil aplaudir a criação de uma nova Braskem, que terá o monopólio do mercado. Primeiramente, eu quero impedir a aquisição na Justiça até quinta-feira (7/1). O processo ainda está sub judice, ou seja, sendo avaliado. Depois de resolver essa história, vou insistir na minha oferta de compra da participação de cada controlador da Unipar. Estou oferecendo 80 milhões de reais para cada um. A meu ver, é um valor interessante.

Portal EXAME - O senhor pretende rivalizar com a Braskem no setor?
Alberto Geyer - A nossa situação, abalada depois da crise financeira mundial, é totalmente contornável. A dívida da Braskem é muito maior do que a da Quattor. É uma falácia dizer que estamos sufocados por dívidas. O problema da nossa gestão é a falta de foco. Se eu assumir a companhia, vou direcioná-la melhor no mercado para ser uma ótima competidora.

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São Paulo - As negociações da venda dos ativos da Quattor Petroquímica para a Braskem, do grupo Odebrecht, estão longe de serem finalizadas, garante o empresário Alberto Soares de Sampaio Geyer.
"Como isso seria possível, sendo que não teve convocação do conselho, nem assembleia para determinar a operação?", afirmou ele ao Portal EXAME. Surpreendido nesta terça-feira (05/01) com o noticiário sobre a possível criação de uma nova companhia petroquímica, o herdeiro de Paulo Geyer diz ter se sentindo passado para trás.
O empresário recorreu da decisão e aguarda a reavaliação do caso. A resposta, segundo ele, deverá sair na próxima quinta-feira. "Depois de resolver essa história, vou insistir na minha oferta de compra da participação de cada controlador da Unipar. Estou oferecendo 80 milhões de reais para cada um", revela. Confira os principais trechos da entrevista a seguir.

Portal EXAME - Por que o senhor discorda da aquisição da Quattor pela Braskem?
Alberto Geyer - Sou radicalmente contra essa incorporação, porque ela atinge diretamente o meu patrimônio. Os demais controladores da empresa não estão nem aí para a minha opinião. Eles atropelaram o meu direito de preferência para criar um monopólio no setor petroquímico brasileiro. Não estou interessado em saber se alguém acha boa, ou ruim a aquisição. Estou vendo o meu aspecto como controlador, entende? Como sou controlador, tenho o direito de discordar da venda da Quattor. Nesse negócio, a Petrobras, de quem sou sócio, é minoritária. Não interessa quem está por trás do negócio. Não quero saber se a Dilma Rousseff (ministra-chefe da Casa Civil) está fazendo pressão para desenrolar o negócio. É evidente que estou sendo desrespeitado. O estatuto da Vila Velha garantia que a companhia não poderia ser vendida a terceiros sem a aprovação prévia de 90% do conselho. A Justiça está aí para julgar o que é certo e o que é errado.

Portal EXAME - Como o senhor impedirá o anúncio da operação em fato relevante, prometido para os próximos dias?
Alberto Geyer - Podem anunciar quantos fatos relevantes quiserem. Isso não mudará coisa alguma. O que for feito deverá ser desfeito depois de comprovadas as irregularidades do negócio. Uma coisa é certa: não vou assistir aos outros controladores tomarem decisões sem me consultar e ao Brasil aplaudir a criação de uma nova Braskem, que terá o monopólio do mercado. Primeiramente, eu quero impedir a aquisição na Justiça até quinta-feira (7/1). O processo ainda está sub judice, ou seja, sendo avaliado. Depois de resolver essa história, vou insistir na minha oferta de compra da participação de cada controlador da Unipar. Estou oferecendo 80 milhões de reais para cada um. A meu ver, é um valor interessante.

Portal EXAME - O senhor pretende rivalizar com a Braskem no setor?
Alberto Geyer - A nossa situação, abalada depois da crise financeira mundial, é totalmente contornável. A dívida da Braskem é muito maior do que a da Quattor. É uma falácia dizer que estamos sufocados por dívidas. O problema da nossa gestão é a falta de foco. Se eu assumir a companhia, vou direcioná-la melhor no mercado para ser uma ótima competidora.

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