Braskem eleva previsão de demanda por resinas
A empresa revisou a estimativa de crescimento da demanda doméstica por resinas termoplásticas de 5% para um cenário entre 7% e 8%
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2013 às 14h58.
São Paulo - A Braskem elevou, nesta quinta-feira, 8, a estimativa de crescimento da demanda doméstica por resinas termoplásticas de 5% para um cenário entre 7% e 8%. O número foi revisto após a demanda encerrar o primeiro semestre com alta de 15%.
"Começamos o ano mais conservadores depois de um crescimento de quase 1% em 2012. Pensávamos em 5% (de aumento de demanda), mas agora vemos que o ano será melhor e imaginamos uma alta de 7% a 8%", destacou o presidente da Braskem, Carlos Fadigas em coletiva de imprensa realizada em São Paulo.
De acordo com o executivo, o aumento da demanda no primeiro semestre foi impulsionado pela recomposição dos estoques e pela redução da alíquota de PIS e Cofins sobre matérias-primas do setor petroquímico.
"O setor não processou 15% a mais de resina. Ele comprou e se estocou", disse Fadigas. A recomposição de estoques foi pautada pela valorização do dólar ante o real, o que sinalizou trajetória de alta dos preços no decorrer do semestre. Para se adequar a essa tendência, os fabricantes de transformados plásticos anteciparam a compra de resinas.
Durante o segundo semestre, os clientes devem reduzir o ritmo de compras e gerenciar os estoques. "Acredito que eles (clientes) fizeram um movimento inteligente. Eles anteciparam as compras já que a Braskem faz o repasse gradual dos preços. Agora, acredito que vai haver consumo do estoque devido ao custo de carregamento desse estoque", projetou Fadigas.
O presidente da Braskem destaca, dessa forma, que a expectativa de redução do ritmo de crescimento da demanda no segundo semestre não está associada a uma desaceleração do mercado, mas sim ao gerenciamento dos estoques.
Outro fator que terá peso menos relevante seria a trajetória dos preços. "Nossa projeção de 7% a 8% tem a ver com o custo de capital, independente da trajetória de preços", destacou Fadigas. O executivo evitou fazer projeções sobre a trajetória do dólar e dos preços das resinas.
Mercado
Além de mostrar otimismo em relação à demanda doméstica por petroquímicos, Fadigas também destacou que a Braskem pretende ampliar sua participação de mercado no decorrer do segundo semestre.
No segundo trimestre, o market share da Braskem no segmento de resinas termoplásticas caiu para 66%, cinco pontos abaixo da taxa do primeiro trimestre. "Queremos colocar a Braskem novamente acima de 70%", afirmou Fadigas.
A queda foi explicada principalmente por dificuldades enfrentadas no mercado de PVC. Nesse mercado, a participação da Braskem caiu de 54% para 46%. "Não tivemos produto para entregar.
Nossa fábrica nova (em Alagoas) sofreu com perda de energia. Enfrentamos um problema na linha de transmissão, o que prejudicou equipamentos na fábrica", explicou Fadigas, destacando que o problema ocasionou perda de equipamentos no local.
Fadigas também falou que acredita em um cenário de estabilidade nos preços da nafta no decorrer do segundo trimestre. O spread entre as resinas e a nafta também deve manter tendência de estabilidade em relação aos patamares atuais. A projeção citada por Fadigas, porém, estaria vinculada à situação da economia na Europa e na Ásia.)
São Paulo - A Braskem elevou, nesta quinta-feira, 8, a estimativa de crescimento da demanda doméstica por resinas termoplásticas de 5% para um cenário entre 7% e 8%. O número foi revisto após a demanda encerrar o primeiro semestre com alta de 15%.
"Começamos o ano mais conservadores depois de um crescimento de quase 1% em 2012. Pensávamos em 5% (de aumento de demanda), mas agora vemos que o ano será melhor e imaginamos uma alta de 7% a 8%", destacou o presidente da Braskem, Carlos Fadigas em coletiva de imprensa realizada em São Paulo.
De acordo com o executivo, o aumento da demanda no primeiro semestre foi impulsionado pela recomposição dos estoques e pela redução da alíquota de PIS e Cofins sobre matérias-primas do setor petroquímico.
"O setor não processou 15% a mais de resina. Ele comprou e se estocou", disse Fadigas. A recomposição de estoques foi pautada pela valorização do dólar ante o real, o que sinalizou trajetória de alta dos preços no decorrer do semestre. Para se adequar a essa tendência, os fabricantes de transformados plásticos anteciparam a compra de resinas.
Durante o segundo semestre, os clientes devem reduzir o ritmo de compras e gerenciar os estoques. "Acredito que eles (clientes) fizeram um movimento inteligente. Eles anteciparam as compras já que a Braskem faz o repasse gradual dos preços. Agora, acredito que vai haver consumo do estoque devido ao custo de carregamento desse estoque", projetou Fadigas.
O presidente da Braskem destaca, dessa forma, que a expectativa de redução do ritmo de crescimento da demanda no segundo semestre não está associada a uma desaceleração do mercado, mas sim ao gerenciamento dos estoques.
Outro fator que terá peso menos relevante seria a trajetória dos preços. "Nossa projeção de 7% a 8% tem a ver com o custo de capital, independente da trajetória de preços", destacou Fadigas. O executivo evitou fazer projeções sobre a trajetória do dólar e dos preços das resinas.
Mercado
Além de mostrar otimismo em relação à demanda doméstica por petroquímicos, Fadigas também destacou que a Braskem pretende ampliar sua participação de mercado no decorrer do segundo semestre.
No segundo trimestre, o market share da Braskem no segmento de resinas termoplásticas caiu para 66%, cinco pontos abaixo da taxa do primeiro trimestre. "Queremos colocar a Braskem novamente acima de 70%", afirmou Fadigas.
A queda foi explicada principalmente por dificuldades enfrentadas no mercado de PVC. Nesse mercado, a participação da Braskem caiu de 54% para 46%. "Não tivemos produto para entregar.
Nossa fábrica nova (em Alagoas) sofreu com perda de energia. Enfrentamos um problema na linha de transmissão, o que prejudicou equipamentos na fábrica", explicou Fadigas, destacando que o problema ocasionou perda de equipamentos no local.
Fadigas também falou que acredita em um cenário de estabilidade nos preços da nafta no decorrer do segundo trimestre. O spread entre as resinas e a nafta também deve manter tendência de estabilidade em relação aos patamares atuais. A projeção citada por Fadigas, porém, estaria vinculada à situação da economia na Europa e na Ásia.)