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Brasil não recuperou demanda por equipamentos de grandes projetos, diz Weg

A fabricante de motores elétricos e tintas industriais ainda está aguardando por uma retomada nos pedidos dos equipamentos chamados de "ciclo longo"

Weg: apesar disso, a empresa vê uma retomada nos produtos de ciclo curto, afirmou executivo da companhia nesta quinta-feira (Germano Lüders/Exame)

Weg: apesar disso, a empresa vê uma retomada nos produtos de ciclo curto, afirmou executivo da companhia nesta quinta-feira (Germano Lüders/Exame)

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Reuters

Publicado em 19 de abril de 2018 às 12h17.

São Paulo - A fabricante de motores elétricos e tintas industriais Weg ainda está aguardando por uma retomada na demanda por equipamentos usados em grandes projetos de engenharia, chamados de "ciclo longo", mas está vendo uma retomada nos produtos de ciclo curto, afirmou executivo da companhia nesta quinta-feira.

"Em equipamentos industriais, temos observado um retorno de atividade, mas mais no ciclo curto, que voltou aos volumes pré-crise", disse o diretor de finanças e relações com investidores da Weg, Paulo Polezi, em teleconferência com analistas.

A companhia divulgou na véspera que teve lucro líquido de 285 milhões de reais no primeiro trimestre, alta de 10,6 por cento sobre o resultado obtido um ano antes.

"O que está ausente ainda são pedidos para ciclo longo, que ainda não temos visto nada", acrescentou o executivo.

As ações da companhia exibiam alta de cerca de 1 por cento às 11:49, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,13 por cento.

A expectativa da WEG neste ano é repetir a margem de lucro consolidada de 2017, de cerca de 15,5 por cento, afirmaram diretores da companhia durante a teleconferência. Mas o desempenho deve ser marcado por uma queda no primeiro semestre, seguida por leve recuperação na segunda metade do ano, quando a empresa espera melhorar a rentabilidade de operação de transformadores nos Estados Unidos.

Já sobre o investimento, a previsão é de 370 milhões de reais neste ano, após fim de ciclo de investimentos da Weg em uma fábrica na China e conclusão de ciclo até o final de 2018 em unidade no México. Em 2017, a cifra foi de cerca de 383 milhões de reais, a maior parte aplicada no exterior.

Já no primeiro trimestre deste ano, marcou a primeira vez em 12 trimestres que o investimento da empresa no Brasil foi maior do que no exterior, disse Polezi. A Weg investiu 36,8 milhões de reais no país ante 25 milhões no exterior.

Na operação de equipamentos para geração de energia solar, os executivos da companhia mencionaram durante a teleconferência que a empresa teve faturamento de pouco mais de 100 milhões de reais no primeiro trimestre de um total de projetos em carteira de 500 milhões de reais previstos para o ano.

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