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Bradesco muda alta cúpula e reduz número de vice-presidentes

A nova composição da vice-presidência do Bradesco deve focar em três linhas de atuação: varejo, atacado e alta renda

Agência do Bradesco (Pedro Lobo/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de janeiro de 2019 às 11h13.

São Paulo - O Bradesco anuncia nesta segunda-feira, 14, mudanças importantes em sua alta cúpula e na divisão de negócios. Serão estabelecidas quatro vice-presidências, reduzindo o número atual - seis - com foco nos segmentos de varejo, atacado, alta renda e operações e tecnologia.

Além disso, dois executivos que hoje ocupam cadeira de vice-presidente passam a se dedicar exclusivamente ao Conselho de Administração, segundo fontes. São eles: Maurício Minas, de Tecnologia e Operações, e Josué Augusto Pancini, responsável por Rede. Ambos acumulam desde março de 2018 o cargo de membro do Conselho de Administração do banco.

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Para a nova estrutura de vice-presidências, o Bradesco deve anunciar, segundo fontes, Marcelo Noronha para tocar a área de atacado; Eurico Fabri deve liderar o varejo; Cassiano Ricardo Scarpelli ficará com o segmento de alta renda e André Cano com operações e tecnologia, respondendo ainda por jurídico e recursos humanos. Eles já ocupam cargos de vice-presidente atualmente. O quarteto será responsável por ajudar o Bradesco e recuperar o posto de segundo banco mais rentável do Brasil entre as grandes instituições de varejo, perdido para o Santander Brasil em meio à integração do HSBC.

Ao final de setembro último, a instituição, segunda maior privada do País em ativos, apresentava retorno (ROE, na sigla em inglês) de 19,0%. Santander, com 19,5%, e Itaú Unibanco, com 21,3%, ocupam a segunda e primeira colocações no ranking de rentabilidade, respectivamente. "O ano de 2019 será um ponto de partida para melhora do indicador (retorno), e não de chegada", disse o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em conversa recente com a imprensa, ao comentar a rentabilidade do Bradesco.

Foco

A nova composição da vice-presidência do Bradesco também vai em linha com o discurso do executivo que tem reforçado ao mercado o foco em três linhas de atuação: varejo, atacado e alta renda. A quarta, de operações e tecnologia, atuará como suporte às áreas de negócios da instituição.

Essa é a primeira grande mudança que o Bradesco anuncia em seu quadro na gestão de Lazari, que assumiu o comando da instituição em março do ano passado, substituindo Luiz Carlos Trabuco Cappi, que passou a presidir o Conselho de Administração. Além disso, a nova estrutura se assemelha à do concorrente Itaú Unibanco, que detém duas diretorias gerais, de varejo e atacado, e três vice-presidências: tecnologia; jurídico, pessoas e marketing; e controle de riscos e finanças.

São esperadas ainda, segundo fontes, subidas nos cargos abaixo da diretoria executiva do banco. Na última sexta-feira, o Bradesco anunciou a saída de Denise Pavarina da diretoria de Relações com Investidores. Informou ainda que a executiva deixou o cargo por motivos pessoais e que o vice-presidente André Cano acumularia o cargo. Denise foi primeira mulher a ocupar cargo na diretoria executiva do banco.

Além dela, outra baixa na diretoria foi a de Aurélio Guido Pagani, segundo fonte. O Bradesco, que anuncia seus resultados anuais de 2018 em 31 de janeiro, soma R$ 1,357 trilhão em ativos totais e uma carteira de crédito de mais de R$ 520 bilhões. Procurado, o banco não comentou.

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