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Bradesco é multado em R$ 800 milhões por discriminação

A ação civil foi iniciada após a denúncia de 2 irmãos que trabalham em diferentes agências do banco no RS e que foram demitidos no mesmo dia

Bradesco: o MP determinou que o banco deixou de dar aumentos salariais e benefícios correspondentes às promoções de alguns funcionários (Adriano Machado/Bloomberg)

Bradesco: o MP determinou que o banco deixou de dar aumentos salariais e benefícios correspondentes às promoções de alguns funcionários (Adriano Machado/Bloomberg)

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AFP

Publicado em 6 de março de 2017 às 17h49.

Última atualização em 6 de março de 2017 às 18h15.

O banco Bradesco foi condenado em primeira instância a pagar uma multa de cerca de 800 milhões de reais por dispensa discriminatória e sonegação de aumento salarial a funcionários, informou o Ministério Público do Trabalho.

O MP do Trabalho do Rio Grande do Sul assinalou que a decisão correspondeu a uma "indenização por danos morais coletivos de 1% do lucro líquido obtido entre 2008 e 2012, mais os juros devidos desde o ajuizamento da ação, em 2013, totalizando cerca de R$ 800 milhões".

A ação civil foi iniciada após a denúncia de dois irmãos que trabalham em diferentes agências do banco no Rio Grande do Sul e que foram demitidos no mesmo dia, sendo "considerada represália do banco em decorrência de ação trabalhista movida pelo pai dos dois, ex-gerente do banco", explicou a nota, divulgada na sexta-feira (3).

O MP determinou também que o banco deixou de dar aumentos salariais e benefícios correspondentes às promoções de alguns funcionários, tendo que pagar as diferenças de forma retroativa até 2008, cinco anos antes do início do processo.

Consultado pela AFP, o Bradesco disse que não se manifestaria sobre este caso, que ainda está em curso.

O Bradesco é um dos maiores bancos junto com o Itaú, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal.

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