Boeing cortará mais 7.000 vagas e demissões chegam a 30.000 na crise
Antes uma prodigiosa geradora de caixa, a Boeing monitora sua liquidez e dívidas crescentes enquanto passa por queda sem precedentes nas viagens aéreas
Karin Salomão
Publicado em 28 de outubro de 2020 às 12h34.
Última atualização em 28 de outubro de 2020 às 12h37.
A Boeing está aprofundando os cortes de empregos já que a pandemia global e o prolongamento da retenção do jato 737 Max espremem as finanças da fabricante de aviões .
Mais 7.000 empregos devem ser eliminados até o final do próximo ano, trazendo a redução total da força de trabalho feita por meio de aposentadorias e demissões para 30.000 pessoas, disse a Boeing em e-mail na quarta-feira após divulgação do balanço. A empresa tinha 160.000 funcionários no início do ano, antes que a pandemia de coronavírus interrompesse as viagens aéreas e as vendas de aviões.
“Estamos nos alinhando a esta nova realidade gerenciando de perto nossa liquidez e transformando nossa empresa para ser mais resiliente e sustentável no longo prazo”, disse o CEO Dave Calhoun em comunicado.
Antes uma prodigiosa geradora de caixa, a Boeing agora monitora cuidadosamente sua liquidez e dívidas crescentes enquanto navega por uma queda sem precedentes nas viagens aéreas e trabalha com os reguladores para retirar o Max do solo. A Boeing queimou cerca de US$ 22 bilhões em caixa livre desde março de 2019, quando os reguladores interromperam as operações com seu jato mais vendido após dois acidentes fatais.