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Bilionário chinês perde mais de 33,1 bilhões de dólares em três anos

Fundador da Evergrande viu a sua fortuna cair mais de 90% nos últimos anos

Hui Ka Yan já foi uma das pessoas mais ricas da China, posição distante da ocupada atualmente (Bobby/Reuters)
MB

Marcos Bonfim

Publicado em 20 de janeiro de 2023 às 13h43.

Última atualização em 20 de janeiro de 2023 às 13h54.

Presidente da incorporadora imobiliária chinesa Evergrande, o bilionário Hui Ka Yan tem visto a sua fortuna derreter nos últimos anos.

Desde quando atingiu o pico de 36,2 bilhões de dólares em 2019, o patrimônio caiu para US$ 3,1 bilhões no começo de 2023, perda de 91% do valor, de acordo com dados da Forbes.

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Yan já foi uma das pessoas mais ricas da China, posição distante da ocupada atualmente. Ele figura em torno da 150ª colocação entre as maiores fortunas do país.

Por que a fortuna tem caído

Nos últimos anos, os super ricos chineses não têm tido uma vida fácil por diversos motivos. Entre elas, a adoção de políticas restritivas do governo para conter casos de covid-19 e ações para regulamentar os mercados.

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No caso de Hui Ka Yan, a queda do ritmo de expansão do mercado imobiliário chinês revelou os problemas da companhia, como dívidas que superavam a casa de US$ 300 bilhões.

A incorporadora ficou conhecida como a empresa mais endividada do mundo e no final de 2021 foi considerada oficialmente como inadimplente.

A descoberta alarmou o mercado global sobre os riscos de colapso do setor e impacto sobre a economia do país asiático, com cerca de 30% do PIB proveniente da construção civil.

Desde então, Yan tem usado parte da sua fortuna pessoal para “tentar” salvar a Evergrande, fundada por ele em 1996, na cidade de Cantão. Entre os itens dos quais teve que se desapegar, estão desde casas a jatos particulares.

Para além do setor imobiliário, o grupo atualmente tem negócios em áreas como saúde, mercado automotivo e alimentos e bebidas.

Os valores, no entanto, estão muito aquém da dívida da companhia, que já deu calote em seus títulos em dólares americanos e se desfez de projetos para economizar recursos.

A expectativa é de que a empresa apresente um plano de reestruturação. Prometido para 2022, o projeto ainda não saiu do papel.

Em carta destinada aos funcionários em 1º de janeiro e revelada pela mídia chinesa, o bilionário afirmou que 2023 seria um ano-chave para a companhia, período em que seria capaz de honrar as dívidas de mais de 300 bilhões de dólares.

Uma aposta do executivo é mudar o foco para a indústria de veículos elétricos, a partir da marca China Evergrande New Energy Vehicle Group.

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