Negócios

Banco Panamericano mira segmento de crédito de menor risco

Banco pretende aumentar participação de crédito a veículos novos, pessoas jurídicas e consignado; mas carteira de crédito caiu no período

Panamericano: o banco está revisando todos os seus modelos de concessão de crédito (Divulgação)

Panamericano: o banco está revisando todos os seus modelos de concessão de crédito (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2011 às 13h28.

São Paulo - O banco Panamericano encerrou o primeiro trimestre de 2011 com ativos totais de 13,79 bilhões de reais, aproximadamente. O principal mercado de atuação segue sendo o financiamento de veículos, mas o banco pretende aumentar a participação de segmentos com melhor relação de risco e retorno da carteira - como veículos novos, middle market (crédito às pessoas jurídicas) e consignado.

“A parte de veículos é a preponderante, esperamos continuar com participação importante, mas queremos aumentar o crédito pessoal e consignado e, principalmente, nossa atuação no middle market”, disse José Luiz Acar Pedro, diretor superintendente do Banco PanAmericano, em teleconferência realizada hoje (16/5).

O banco está revisando todos os seus modelos de concessão de crédito. “Todas as regras de cobrança estão sendo revistas”, disse Paulo Henrique Costa, diretor de controladoria e compliance. “A tendência é que o índice de inadimplência e provisão diminuam, isso vem da nossa estratégia de atuar em segmento de menor risco, como crescimento de middle market e creéito a veículos mais novos”, disse Costa. 

Do total de ativos, 56,0% vem de veículos; 20,0% de consignado; 13,6% de middle market; 9,0% de crédito pessoal e 1,5% de arrendamento mercantil. Foram concedidos 985,9 milhões de reais em novos financiamentos de veículos no trimestre. Desse total, foram 329,5 milhões de reais em veículos leves, 284,9 milhões de reais em motos e 371,5 milhões de reais em veículos pesados.

No segmento de crédito às pessoas jurídicas (Middle Market), a carteira passou de 646 milhões de reais em dezembro de 2010 para 442 milhões de reais no final do trimestre – no trimestre o banco também realizou uma cessão de créditos sem coobrigação, no valor aproximado de 140 milhões de reais, segundo o banco.


A carteira total de crédito do banco diminuiu. Ela passou de 13,3 bilhões em dezembro de 2010 para 10,2 bilhões de reais ao final do primeiro trimestre de 2011. A redução da carteira ocorreu, principalmente, por causa da cessão de direitos creditórios no valor de aproximadamente 3,5 bilhões de reais para o Fundo Garantidor de Crédito (FGC), segundo o banco.

Cessão de carteiras

A cessão de carteiras é uma fonte importante de captação para o banco e tanto a Caixa quanto o BTG tem disposição para fazer a compra de carteira, segundo Acar. “Há um acordo com a caixa que estabelece que temos condição de fazer a cessão de crédito, os dois acionistas estão bem dispostos a assumir o crédito”, disse.

Mudança de gestão

A fatia do Grupo Silvio Santos na instituição financeira foi comprada pelo BTG Pactual no final de janeiro, após o banco ser alvo de um escândalo contábil que revelou um rombo nas contas de 4,3 bilhões de reais. Na atual composição acionária do banco, 37,6% do capital total pertencem ao BTG Pactual, 36,6% à CaixaPar e 25,8% aos demais acionistas do mercado.

A nova administração do banco informou em fevereiro que não foi possível reconstituir os dados contábeis da instituição de antes de novembro. A nova diretoria tomou posse no dia 6 de maio.

O Banco Panamericano registrou lucro líquido de 76,1 milhões de reais no primeiro trimestre. Em dezembro de 2010, o banco havia registrado obtido prejuízo de 133,6 milhões de reais. O banco não compara os resultados com o primeiro trimestre de 2010 e, por conta do escândalo contábil, considera “praticamente impossível” fazer a comparação com o ano passado também no segundo e terceiro trimestres.

 

Acompanhe tudo sobre:Banco PanAmericanoBancosBancos quebradosbancos-de-investimentoBTG PactualEmpresasEmpresas abertasFinançasHoldingssetor-financeiroSilvio Santos

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia