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Azul e grupo HNA serão sócios minoritários da TAP

As fatias exatas da Gateway, consórcio de David Neeleman e Humberto Pedrosa, HNA e Azul na TAP ainda estão em discussão com o governo de Portugal


	Avião TAP: as fatias exatas da Gateway, HNA e Azul na TAP ainda estão em discussão com o governo de Portugal
 (Mario Proenca/Bloomberg)

Avião TAP: as fatias exatas da Gateway, HNA e Azul na TAP ainda estão em discussão com o governo de Portugal (Mario Proenca/Bloomberg)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 24 de fevereiro de 2016 às 11h12.

São Paulo - Com um aporte de 120 milhões de euros, a Azul será sócia minoritária da TAP. O investimento será feito junto com o grupo chinês HNA.

Juntos, a Azul, o grupo chinês e o consórcio Gateway, que venceu a disputa pela privatização da portuguesa, terão 45% da TAP, mas ainda não está claro qual será a fatia de cada uma delas.

David Neeleman, fundador da Azul, afirmou que pretende manter investimentos e compras de aeronaves.

Quando a TAP foi privatizada, em junho, o consórcio Atlantic Gateway comprou 61% da companhia. O consórcio é formado pelos empresários Humberto Pedrosa, de Portugal, e David Neeleman, fundador da Azul.

O consórcio assumiu 1 bilhão de euros em dívidas e se comprometeu a investir 338 milhões de euros. O governo ficou com 34% da participação e os funcionários, 5%. Na época, Neeleman afirmou que a Azul não teria participação na TAP, mas que poderia buscar parcerias.

Já em fevereiro, o governo português recomprou 50% da companhia portuguesa, retomando seu controle. Os funcionários continuam com 5%.

Hoje, a Azul entrou como uma das sócias da TAP, ao lado do grupo chinês HNA.

O aporte de 120 milhões de euros da Azul faz parte dos 338 milhões de euros que o consórcio Atlantic Gateway se comprometeu a injetar na empresa na ocasião da compra, em junho.

Parte desse valor, 23,7% para ser exato, será pago pelo grupo HNA, dono do quarto maior grupo de aviação da China. É porque ele detém exatamente essa participação na Azul.

Em novembro, o grupo chinês adquiriu 23,7% de participação na brasileira por 450 milhões de dólares, se tornando o maior acionista individual da Azul.

Em nota, a Azul confirmou a transação "em títulos da TAP e esclarece que tal operação foi um requisito da negociação com o HNA Group ocorrida no final de 2015". Esse requisito não havia sido detalhado antes.

Por meio desse aporte, o HNA terá indiretamente de 10% a 13% do capital da TAP.

No entanto, a mudança de controle não alterou os direitos econômicos de cada parte. O governo português ficará com apenas 18,75% dos lucros da TAP.

As fatias exatas das sócias privadas, o Gateway, HNA e Azul, na companhia portuguesa ainda estão em discussão com o governo de Portugal.

A indefinição levou a TAP e a Agência Nacional de Aviação Civil de Portugal a criarem um grupo de trabalho para esclarecer dúvidas.

Ao jornal português Económico, David Neeleman afirmou que o investimento prometido na TAP não está em risco e que todas as decisões são tomadas junto aos sócios portugueses.

“Como tem investimento de fora e eles estão vendo a percentagem dos benefícios econômicos, têm que esclarecer quem está controlando. Quando separarmos a porcentagem que a Azul vai ter, os americanos e os europeus, não tem dúvida nenhuma de quem está controlando são os europeus”.

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