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Avanço de anos em meses: o consumo no e-commerce brasileiro

Os dados apresentados no Kantar Talks demonstram a adaptação dos consumidores e das empresas às mudanças de hábitos impostas pela pandemia

Shoptime dá descontos em campanha de Natal (Jung Getty/Getty Images)

Marina Filippe

Publicado em 11 de setembro de 2020 às 10h30.

A pandemia do novo coronavírus mudou os hábitos dos brasileiros, sendo um deles o crescente uso do e-commerce . As vendas realizadas pelo celular, em especial pelo WhatsApp e outros aplicativos de mensagens, se desenvolveram como forma de negócio. Segundo levantamento da Kantar, 11,7% dos lares fizeram compras de bens de consumo rápido por meio do smartphone em 2020.

Os dados apresentados no Kantar Talks demonstram a adaptação dos consumidores e das empresas às mudanças de hábitos impostas neste período. O fast food (54%), os remédios (37%) e os itens de vestuário (34%) foram os principais artigos que os brasileiros começaram a comprar ou aumentaram gastos no consumo online.

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“O e-commerce avançou em meses o que estava previsto para anos. Isso aconteceu por dois motivos: quem já comprava online passou a adotar essa forma de comércio para outras categorias de produtos e, por outro lado, muitas pessoas passaram a comprar virtualmente pela primeira vez na vida. Esse comportamento também é uma via de mão dupla, afinal muitos comerciantes também passaram a vender online desde o início da pandemia”, explica Adriana Favaro, diretora de desenvolvimento de negócios da Kantar IBOPE Media.

Segundo a pesquisa da Kantar, 53% das pessoas manterão os hábitos adquiridos pelo isolamento social. Sendo que 21% dos entrevistados passaram a comprar comida e bebida pela internet, 19% aumentaram o consumo de vídeo on demand, 14% começaram a realizar chamadas de vídeo de trabalho, e 9% se consultaram por telemedicina.

Análises da Kantar IBOPE Media demonstram também um crescimento de acessos às redes sociais logo no início da pandemia. O Youtube despontou com um crescimento de 87% de acessos pelos millennials e centennials, 75% pelos adultos entre 35 e 54 anos e em 56% pelas pessoas acima de 55 anos. O Instagram teve um aumento de 69% pelo primeiro grupo, 51% pelo segundo e 34% pelo terceiro. Já o TikTok teve um aumento de 35%, 24% e 14% respectivamente entre as faixas etárias.

"Vimos empresas e marcas se adaptarem do dia para a noite a esta mudança brusca. É importante estar atento aos meios que ganham audiência do público", afirma Adriana Favaro.

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