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Aumento do consumo fará Petrobras ter déficit comercial

Resultado negativo será influenciado pela alta do uso da gasolina, justifica diretor da empresa

Posto da Petrobras: alta no consumo da gasolina (Christian Castanho/Quatro Rodas)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2011 às 18h13.

Rio de Janeiro - Depois de vários anos consecutivos com a balança comercial com saldo positivo, a Petrobras deverá fechar 2011 com déficit nas transações comerciais em função do aquecimento da demanda interna por derivados do petróleo, principalmente gasolina, disse hoje (17) o diretor de Abastecimento e Refino da companhia, Paulo Roberto Costa, ao adiantar que no primeiro semestre do ano a balança comercial já fechou com um saldo negativo de US$ 1,1 bilhão.

“O mercado interno está muito aquecido e o preço do álcool vem apresentando na bomba preços mais atrativos do que o etanol, o que leva o consumidor a preferir abastecer seu carro com a gasolina. Em consequência nós importamos mais diesel, e gasolina, e também petróleo leve para fazer a mistura necessária para que as nossas refinarias pudessem processar mais gasolina a partir do nosso petróleo pesado”.

Costa disse, ainda, que a Petrobras vai importar, até o fim deste mês, mais duas cargas de gasolina, totalizando 630 mil barris para recompor estoques e afastar o risco de desabastecimento, em função da demanda crescente. Segundo ele, até 2015 o país deverá continuar com uma defasagem entre a capacidade de refino e o consumo interno em torno de 5% a 10% - volume que dependerá do tamanho do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

“É preciso lembrar que há 32 anos não se faz nenhuma refinaria no país e, de lá para cá, o consumo vem crescendo, principalmente nestes últimos dois anos. E o grau desta dependência vai depender sempre da safra da cana-de-açúcar e da produção de etanol decorrente dela. Se a safra for maior, menos gasolina teremos que importar”, disse.

Costa garantiu, porém, que “não faltará gasolina” para atender ao consumidor brasileiro. “Este risco de faltar gasolina para o consumidor brasileiro não existe. Até o fim do mês duas cargas totalizando 650 mil barris chegarão ao país e, possivelmente, novas cargas terão que chegar até o final do ano”.

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“O mercado interno está muito aquecido e o preço do álcool vem apresentando na bomba preços mais atrativos do que o etanol, o que leva o consumidor a preferir abastecer seu carro com a gasolina. Em consequência nós importamos mais diesel, e gasolina, e também petróleo leve para fazer a mistura necessária para que as nossas refinarias pudessem processar mais gasolina a partir do nosso petróleo pesado”.

Costa disse, ainda, que a Petrobras vai importar, até o fim deste mês, mais duas cargas de gasolina, totalizando 630 mil barris para recompor estoques e afastar o risco de desabastecimento, em função da demanda crescente. Segundo ele, até 2015 o país deverá continuar com uma defasagem entre a capacidade de refino e o consumo interno em torno de 5% a 10% - volume que dependerá do tamanho do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB).

“É preciso lembrar que há 32 anos não se faz nenhuma refinaria no país e, de lá para cá, o consumo vem crescendo, principalmente nestes últimos dois anos. E o grau desta dependência vai depender sempre da safra da cana-de-açúcar e da produção de etanol decorrente dela. Se a safra for maior, menos gasolina teremos que importar”, disse.

Costa garantiu, porém, que “não faltará gasolina” para atender ao consumidor brasileiro. “Este risco de faltar gasolina para o consumidor brasileiro não existe. Até o fim do mês duas cargas totalizando 650 mil barris chegarão ao país e, possivelmente, novas cargas terão que chegar até o final do ano”.

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