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Ativos da Petrobras são alvo de gigantes

Importantes ativos da Petrobras são alvo de conglomerados brasileiros e estrangeiros

BR Distribuidora: Grupo Ultra tem interesse por uma das joias da coroa da estatal (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de março de 2016 às 10h10.

São Paulo - Importantes ativos da Petrobras são alvo de conglomerados brasileiros e estrangeiros. O Ultra , dono da Ipiranga (rede de postos), Ultragaz (gás de cozinha), Ultracargo (logística), Extrafarma (farmácias) e Oxiteno (químicos), tem interesse por uma das joias da coroa da estatal, a BR Distribuidora, líder em distribuição de combustíveis no País.

Esse mesmo ativo está na mira da canadense Brookfield, apurou o jornal O Estado de S. Paulo. A divisão de gás de cozinha da petroleira, a Liquigás, também tem sido cobiçada por concorrentes, incluindo o próprio Ultra e a Copagaz, de Ueze Zahran, quarta maior deste setor.

Em entrevista, Thilo Mannhardt, presidente do grupo Ultra, afirmou que o conglomerado tem como estratégia expandir seus negócios organicamente, mas que a companhia não fecha os olhos para oportunidades que surjam e que façam sentido ao grupo.

A empresa, segundo ele, tem como filosofia se manter em setores resilientes e fazer expansão em áreas que possam torná-la protagonista em segmentos nos quais já atua.

No ano passado, o presidente do conselho de administração do Ultra, Paulo Cunha, afirmou à reportagem que teria interesse em parte da BR Distribuidora, desde que a companhia pudesse ser fatiada.

E esse interesse permanece. Inicialmente, a estratégia da Petrobras era abrir o capital da BR Distribuidora, mas os planos foram abortados por conta da situação ruim para o mercado de capitais. A estatal, então, cogitou encontrar um investidor minoritário. No caso da Liquigás, de botijão de gás, a petroleira não colocou oficialmente o ativo à venda, mas ele já tem atraído interessados.

Fatia

Mannhardt reafirma a posição de que a BR Distribuidora faria sentido para o Ultra se as redes de postos de combustíveis da estatal nas regiões Norte e Nordeste fossem colocadas à venda separadamente.

"Ter 100% do capital de parte de um negócio faz mais sentido para o grupo do que ser um acionista minoritário", afirmou.

Considerada uma das empresas mais "redondas" pelo mercado, por estar em setores pouco sujeitos a oscilações da macroeconomia, o Ultra tornou-se comprador preferencial de importantes negócios colocados à venda no País.

Por ter uma boa estrutura de caixa em um momento mais crítico da economia, muitos bancos têm batido à porta do conglomerado para oferecer ativos.

A empresa de botijão de gás da Petrobras também está no radar de Ueze Zahran, dono da Copagaz. Porém, segundo o empresário, a compra seria feita com um pool de outros concorrentes menores que atuam nesse segmento. Ele afirmou que não há negociações em andamento.

Para o Ultra, a Liquigás seria um ativo estratégico, porque colocaria o conglomerado na liderança do segmento. Mannhardt não informou se há conversas entre os grupos.

O Ultra também não descarta aquisições no varejo farmacêutico - a Big Ben, uma das bandeiras da BR Pharma, do BTG, é um dos ativos à venda. O executivo não comenta.

Já para a Brookfield, todos os negócios da BR Distribuidora podem ser alvo, assim como a parte da estatal na Braskem. "Se pudesse elencar as prioridades da Brookfield, diria que a Abengoa é a primeira, a BR e Braskem viriam em seguida", disse uma fonte próxima à empresa. A gestora não comenta o assunto.

Procurada pela reportagem, a Petrobras informou que a "carteira de desinvestimento é dinâmica e o desenvolvimento das transações dependerá das condições negociais e de mercado, podendo sofrer alterações em função do ambiente externo e da análise contínua dos negócios da companhia".

Ainda segundo a nota, a estatal informou que "fatos julgados relevantes sobre o tema serão divulgados ao mercado".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Importantes ativos da Petrobras são alvo de conglomerados brasileiros e estrangeiros. O Ultra , dono da Ipiranga (rede de postos), Ultragaz (gás de cozinha), Ultracargo (logística), Extrafarma (farmácias) e Oxiteno (químicos), tem interesse por uma das joias da coroa da estatal, a BR Distribuidora, líder em distribuição de combustíveis no País.

Esse mesmo ativo está na mira da canadense Brookfield, apurou o jornal O Estado de S. Paulo. A divisão de gás de cozinha da petroleira, a Liquigás, também tem sido cobiçada por concorrentes, incluindo o próprio Ultra e a Copagaz, de Ueze Zahran, quarta maior deste setor.

Em entrevista, Thilo Mannhardt, presidente do grupo Ultra, afirmou que o conglomerado tem como estratégia expandir seus negócios organicamente, mas que a companhia não fecha os olhos para oportunidades que surjam e que façam sentido ao grupo.

A empresa, segundo ele, tem como filosofia se manter em setores resilientes e fazer expansão em áreas que possam torná-la protagonista em segmentos nos quais já atua.

No ano passado, o presidente do conselho de administração do Ultra, Paulo Cunha, afirmou à reportagem que teria interesse em parte da BR Distribuidora, desde que a companhia pudesse ser fatiada.

E esse interesse permanece. Inicialmente, a estratégia da Petrobras era abrir o capital da BR Distribuidora, mas os planos foram abortados por conta da situação ruim para o mercado de capitais. A estatal, então, cogitou encontrar um investidor minoritário. No caso da Liquigás, de botijão de gás, a petroleira não colocou oficialmente o ativo à venda, mas ele já tem atraído interessados.

Fatia

Mannhardt reafirma a posição de que a BR Distribuidora faria sentido para o Ultra se as redes de postos de combustíveis da estatal nas regiões Norte e Nordeste fossem colocadas à venda separadamente.

"Ter 100% do capital de parte de um negócio faz mais sentido para o grupo do que ser um acionista minoritário", afirmou.

Considerada uma das empresas mais "redondas" pelo mercado, por estar em setores pouco sujeitos a oscilações da macroeconomia, o Ultra tornou-se comprador preferencial de importantes negócios colocados à venda no País.

Por ter uma boa estrutura de caixa em um momento mais crítico da economia, muitos bancos têm batido à porta do conglomerado para oferecer ativos.

A empresa de botijão de gás da Petrobras também está no radar de Ueze Zahran, dono da Copagaz. Porém, segundo o empresário, a compra seria feita com um pool de outros concorrentes menores que atuam nesse segmento. Ele afirmou que não há negociações em andamento.

Para o Ultra, a Liquigás seria um ativo estratégico, porque colocaria o conglomerado na liderança do segmento. Mannhardt não informou se há conversas entre os grupos.

O Ultra também não descarta aquisições no varejo farmacêutico - a Big Ben, uma das bandeiras da BR Pharma, do BTG, é um dos ativos à venda. O executivo não comenta.

Já para a Brookfield, todos os negócios da BR Distribuidora podem ser alvo, assim como a parte da estatal na Braskem. "Se pudesse elencar as prioridades da Brookfield, diria que a Abengoa é a primeira, a BR e Braskem viriam em seguida", disse uma fonte próxima à empresa. A gestora não comenta o assunto.

Procurada pela reportagem, a Petrobras informou que a "carteira de desinvestimento é dinâmica e o desenvolvimento das transações dependerá das condições negociais e de mercado, podendo sofrer alterações em função do ambiente externo e da análise contínua dos negócios da companhia".

Ainda segundo a nota, a estatal informou que "fatos julgados relevantes sobre o tema serão divulgados ao mercado".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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