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Até 60% de redução nos custos: startup de consultórios para médicos Livance levanta R$ 65 milhões

A paulista Livance pretende usar os recursos para dobrar de tamanho do negócio nos próximos dois anos

Gustavo Machado, Fábio Soccol, Claudio Mifano, da Livance: queremos chegar a 12.000 médicos em 24 meses (Livance/Divulgação)
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 28 de novembro de 2023 às 09h58.

Última atualização em 28 de novembro de 2023 às 10h07.

A proposta de consultórios compartilhados para médicos e profissionais da saúde de Livance ganhou um novo impulso em seu plano de expansão.

A healthtech paulista recebeu um cheque no valor de R$ 65 milhões, em rodada liderada pelo fundo Monashees.

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No mercado desde 2017, a startup já recebeu mais de R$ 115 milhões ao longo dos anos.

A nova rodada foi acompanhada pela Cadonau Investimentos e Terracotta Ventures, ambas já no captable da Livance.

O último aporte tinha sido em 2021, quando recebeu R$ 30 milhões de fundos como:

Os valores serão utilizados para acelerar a expansão da startup, que vem dobrando de tamanho nos últimos anos.

Ao longo dos próximos 24 meses, a startup pretende abrir mais 16 endereços e chegar a 30 unidades.

A ideia é aumentar a capilaridade em São Paulo e Rio de Janeiro, onde concentra o negócio atualmente, e ainda abrir espaços em outros estados da federação.

Cada unidade tem um custo médio de implantação em torno de R$ 3 milhões.

Como funciona o negócio da Livance

“Nós começamos a olhar para outros estados, não temos nada definido, mas não vamos sair querendo fincar bandeirinha pelo brasil inteiro”, afirma Claudio Mifano, CEO da Livance.

O empreendedor cofundou a startup com os sócios Gustavo Machado e Fábio Soccol.

A proposta de valor da Livance é ir além da oferta de espaços físicos para consultas, formato já conhecido pela área médica há algumas décadas.

A empresa adiciona uma camada de tecnologia para facilitar o dia a dia dos profissionais, com um sistema de agendamento online, organização da agenda e gestão financeira.

Os profissionais recebem ainda uma linha telefônica, atendida por uma secretária da empresa; uma página de site, para a marcação de consultas e a checagem de horários; e permite que os médicos façam o agendamento em qualquer uma das 14 unidades.

Pelo serviço, a startup cobra uma mensalidade. No plano anual, cada parcela fica em R$ 246 - no mensal, sem fidelidade, R$ 296.

As consultas são cobradas à parte por minuto, com variações entre R$ 0,70 e R$ 1,60, a depender da sala reservada e da região do coworking.

O modelo atraiu um público de mais de 6.000 profissionais, entre recém-formados na área e aqueles que procuram outras opções aos consultórios próprios.

Este segundo público, diz Mifano, chega a conseguir uma redução de custos em até 60% na comparação com manter espaços próprios.

“Tem outra camada que é a redução de dor de cabeça. Eles não têm que gerenciar pessoas nem se preocupar com coisas que estão fora da atuação principal. Conseguem uma liberação de tempo para coisas importantes da profissão”, afirma.

Segundo dados da Demografia Médica do Brasil, o país tem hoje com mais de 562.206 médicos, mais do metade atendendo nas capitais.

O levantamento, feito pela Associação Médica Brasileira e a Faculdade de Medicina da USP, contribui para mostrar o potencial de mercado da Livance. O modelo da startup é usado por profissionais de mais de 30 especialidades médicas e ainda de outras áreas da saúde, como psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas.

Quais os outros destinos do aporte

Com a entrada dos novos recursos e a abertura de novos espaços, a expectativa da empresa é dobrar o número de médicos usando o serviço para 12.000.

Para acompanhar esse crescimento, a Livance prevê investimentos para aprimorar a tecnologia e agregar novos recursos para a plataforma e ainda a ampliação de time em mais de 50%, chegando a mais de 300 profissionais.

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