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Apple continua vitoriosa e rivais tentam se reposicionar

A Apple é vista como uma máquina de fazer dinheiro, que registra alta de vendas em todas as linhas de produtos

Logo da Apple, em uma de suas lojas: uma máquina de fazer dinheiro (Brian Kersey/Getty Images)

Logo da Apple, em uma de suas lojas: uma máquina de fazer dinheiro (Brian Kersey/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2011 às 10h12.

São Francisco - A Apple está iniciando 2011 em clima de vitória, como uma máquina de fazer dinheiro que registra alta de vendas em todas as linhas de produtos, enquanto enfrenta um oceano de rivais inquietos e determinados a deter sua espantosa sequência de sucessos.

Com a aproximação do anúncio de seus resultados trimestrais, na próxima terça-feira, a expectativa é de que a receita da Apple deverá registrar facilmente uma alta superior a 50 por cento. Esse seria um desempenho cintilante para uma empresa de qualquer porte, e ainda mais para uma companhia com valor de mercado superior aos 300 bilhões de dólares.

Dado o ímpeto acumulado, o que poderia tirar esse trem dos trilhos?

Brian Marshall, analista da Gleacher & Co, diz que existe o perigo de que a Apple caia vítima de seu sucesso. "Se as expectativas se tornarem exageradas, não haverá maneira de a companhia cumpri-las."

Mas ele não tem preocupações quanto ao desempenho da Apple na temporada de compras de fim de ano de 2010, um sentimento compartilhado por Wall Street. "Não acredito que o trimestre tenha tido qualquer ponto fraco", disse.

As vantagens da Apple estão bem documentadas: a difusão mundial do iPhone, cujas vendas devem superar os 60 milhões de unidades este ano; a ascensão do iPad, que criou sozinho um mercado para os computadores tablet; e o crescimento forte que continua a ser visto em sua linha Mac de computadores, reanimada.

Mais valiosa companhia dos Estados Unidos, excetuada apenas a Exxon Mobil, a Apple elevou seu valor de mercado em mais de 100 bilhões de dólares em 2010. As ações da companhia já subiram 7 por cento este ano, com ajuda do aguardado lançamento do iPhone pela maior operadora norte-americana de telefonia móvel, a Verizon Wireless.

Com a alta nos preços das ações, analistas e investidores estão debatendo sobre a melhor forma de avaliar a Apple. A empresa tem ações negociadas a um múltiplo de 17 vezes sua projeção anual de lucros, ante 12 para a Microsoft e 21 para o Google.

Mas alguns analistas defendem a exclusão da reserva de caixa de 50 bilhões de dólares da empresa dessa avaliação, o que significa que o múltiplo da Apple é de cerca de 15.

Brian White, analista da Ticonderoga Securities, diz que, sob esse critério, as ações da empresa parecem baratas.

"A um múltiplo de 15 excluídas as reservas, não estão caras", disse. "Não há motivo para hesitar diante de um múltiplo como esse, dado o crescimento que eles vêm registrando."

Para White, a maior ameaça à Apple é o Android, do Google, que passou por forte crescimento em meio ao surgimento de uma série de rivais do iPhone e iPad.

Na semana passada, a feira Consumer Electronics Show de Las Vegas contou com dezenas de aparelhos baseados no Android, o que ressaltou a determinação dos rivais da Apple.

"Quase todo mundo está usando Android", disse ele. "Olhando para dois a cinco anos, eles (Apple) precisam ter certeza que o Android não vai fazer o que a Microsoft fez com eles no mercado de computadores pessoais."

A expectativa média do mercado para o desempenho da Apple no primeiro trimestre fiscal, que inclui o feriado do Natal, é de venda de cerca de 15,5 milhões de iPhones, 5,5 milhões de iPads e de 4 milhões de computadores Mac.

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