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Após acordo no Cade, BRF fala em acelerar investimentos

Segundo executivos, o acordo manteve o "centro" da eficiência da empresa, o que permitirá continuar com os investimentos

Brasil Foods em Nova Mutum, Mato Grosso: nos primeiros dez meses, trainees conhecerão todas áreas da companhia
DR

Da Redação

Publicado em 14 de julho de 2011 às 16h31.

São Paulo - A Brasil Foods considera que o acordo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) manteve o "centro" da eficiência da empresa, o que permitirá também que a companhia avance nos investimentos, disseram executivos nesta quinta-feira.

"Estamos preparando a companhia para crescimento vigoroso, orgânico e não-orgânico... temos flanco aberto em vários negócios que podem ser avançados com mais ou menos ímpeto", disse o presidente da BRF, José Antônio Fay, em teleconferência para analistas, comentando as possibilidades de investimentos abertas pelo acordo.

Ele não detalhou no que a empresa investirá, mas destacou que a companhia tem histórico de crescimento e vai usar o seu caixa para acelerar os investimentos, após um período em que a BRF ficou de mãos atadas, aguardando um acordo no Cade por dois anos após a compra da Sadia.

O caixa da empresa, aliás, será engordado com a venda de ativos determinada pelo Cade, o que só deve acontecer no ano que vem, segundo informou Fay na quarta-feira .

Pelo acordo, a companhia fica obrigada a vender ativos que representam a produção de 456 mil toneladas, ou o equivalente a 1,7 bilhão de reais do faturamento em 2010. Ainda não há avaliação para tais ativos, segundo os executivos.

"Uma coisa importante é que o acordo nos deixa totalmente livre e abertos para investimentos, se a gente quiser, amanhã, sair correndo atrás de greenfields... e também aquisições, exceto nas áreas em que há regramento, a companhia está livre para fazer isso", disse o diretor financeiro da BRF, Leopoldo Saboya, também durante a teleconferência.

O acordo prevê que a BRF também suspenda negócios em alguns segmentos das marcas Perdigão e Batavo, mas os executivos da BRF destacaram que essa suspensão não é para todos os segmentos em que elas atuam. Além disso, ressaltaram que a marca principal, Sadia, está intacta.

A Perdigão ainda poderá operar normalmente em várias categorias de alimentos processados (empanados, hambúrgueres, mortadela, linguiças frescais, pratos prontos congelados --exceto lasanhas--, bacon, comemorativos de aves, além de toda a linha de produtos in natura). No caso da Batavo, as restrições não envolvem produtos da linha de lácteos, segmento em que não havia concentração de mercado entre as empresas.

Com as marcas autorizadas, e contando com o crescimento do mercado interno, a BRF espera brigar pelos mercados em que teve produtos suspensos.

"É um market share que jogamos para cima, não é de ninguém, todos os players vão correr atrás desse volume (246 mil toneladas), existe demanda para esses 246, a Brasil Foods, inclusive o entrante (que comprar os ativos alienados), vão brigar por esse pedaço de mercado", disse Saboya.

Questionado sobre a estratégia para buscar a fatia de 246 mil toneladas, Fay confia nas marcas que sobraram.

"O que existe é uma demanda que ficará sem dono por um período, e vamos disputar com as marcas que temos... Evidente que temos a obrigação de retomar o faturamento", disse.

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São Paulo - A Brasil Foods considera que o acordo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) manteve o "centro" da eficiência da empresa, o que permitirá também que a companhia avance nos investimentos, disseram executivos nesta quinta-feira.

"Estamos preparando a companhia para crescimento vigoroso, orgânico e não-orgânico... temos flanco aberto em vários negócios que podem ser avançados com mais ou menos ímpeto", disse o presidente da BRF, José Antônio Fay, em teleconferência para analistas, comentando as possibilidades de investimentos abertas pelo acordo.

Ele não detalhou no que a empresa investirá, mas destacou que a companhia tem histórico de crescimento e vai usar o seu caixa para acelerar os investimentos, após um período em que a BRF ficou de mãos atadas, aguardando um acordo no Cade por dois anos após a compra da Sadia.

O caixa da empresa, aliás, será engordado com a venda de ativos determinada pelo Cade, o que só deve acontecer no ano que vem, segundo informou Fay na quarta-feira .

Pelo acordo, a companhia fica obrigada a vender ativos que representam a produção de 456 mil toneladas, ou o equivalente a 1,7 bilhão de reais do faturamento em 2010. Ainda não há avaliação para tais ativos, segundo os executivos.

"Uma coisa importante é que o acordo nos deixa totalmente livre e abertos para investimentos, se a gente quiser, amanhã, sair correndo atrás de greenfields... e também aquisições, exceto nas áreas em que há regramento, a companhia está livre para fazer isso", disse o diretor financeiro da BRF, Leopoldo Saboya, também durante a teleconferência.

O acordo prevê que a BRF também suspenda negócios em alguns segmentos das marcas Perdigão e Batavo, mas os executivos da BRF destacaram que essa suspensão não é para todos os segmentos em que elas atuam. Além disso, ressaltaram que a marca principal, Sadia, está intacta.

A Perdigão ainda poderá operar normalmente em várias categorias de alimentos processados (empanados, hambúrgueres, mortadela, linguiças frescais, pratos prontos congelados --exceto lasanhas--, bacon, comemorativos de aves, além de toda a linha de produtos in natura). No caso da Batavo, as restrições não envolvem produtos da linha de lácteos, segmento em que não havia concentração de mercado entre as empresas.

Com as marcas autorizadas, e contando com o crescimento do mercado interno, a BRF espera brigar pelos mercados em que teve produtos suspensos.

"É um market share que jogamos para cima, não é de ninguém, todos os players vão correr atrás desse volume (246 mil toneladas), existe demanda para esses 246, a Brasil Foods, inclusive o entrante (que comprar os ativos alienados), vão brigar por esse pedaço de mercado", disse Saboya.

Questionado sobre a estratégia para buscar a fatia de 246 mil toneladas, Fay confia nas marcas que sobraram.

"O que existe é uma demanda que ficará sem dono por um período, e vamos disputar com as marcas que temos... Evidente que temos a obrigação de retomar o faturamento", disse.

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