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António Guterres, da ONU: “Temos de escutar nosso planeta e agir”

De acordo com o secretário geral das Nações Unidas, precisamos de mais ambição para limitar o aquecimento global a 1,5º C

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Antonio Guterres, da ONU: "Temos de escutar o planeta e agir" (Yves Herman - WPA Pool/Getty Images/Getty Images)

Antonio Guterres, da ONU: "Temos de escutar o planeta e agir" (Yves Herman - WPA Pool/Getty Images/Getty Images)

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Renata Faber

Publicado em 1 de novembro de 2021 às, 14h28.

Última atualização em 5 de novembro de 2021 às, 13h33.

António Guterres, secretário geral das Nações Unidas, começou seu discurso de abertura na COP26 lembrando que os seis anos após o Acordo de Paris foram os mais quentes da história da humanidade. “É hora de decidir se paramos com o aquecimento, ou se o aquecimento nos para, pois estamos cavando nossa própria cova”, explicou Guterres.

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Segundo ele, os anúncios recentes de compromissos e metas “net zero” podem até dar esperança que estamos no caminho certo, mas isso é uma ilusão, pois, quando analisamos as NDCs (nationally determined contributions, ou as contribuições de cada país para reduzir emissões), vemos que estamos caminhando para um desastre climático.

O secretário acredita que esse é o momento da verdade, pois “falhar é uma sentença de morte”. E, para não falhar, precisamos investir na economia verde, que vai criar um ciclo virtuoso de crescimento sustentável, empregos e oportunidades.

De acordo com Guterres, “a ciência é clara é nós sabemos o que fazer”. Para limitar o aquecimento global a 1,5º C quando comparado aos níveis pré-industriais, precisamos reduzir as emissões globais em 45% até 2030.

Os países do G20 representam 80% das emissões e precisam liderar os esforços, mas a contribuição dos países em desenvolvimento é imprescindível para atingirmos as metas. Guterres defendeu que os países devem fazer coalizões para descarbonizar a economia, e essas coalizões devem focar em ajudar os países que têm maior dificuldade em fazer a transição.

Em sua fala, António Guterres falou também sobre a atual falta de credibilidade dos compromissos climáticos. Nesse sentido, a ajuda de 100 bilhões de dólares por ano dos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento tem de ser uma realidade. Além disso, o secretário anunciou a criação de um grupo de especialistas para propor e analisar compromissos net zero de entidades privadas.

Segundo o secretário geral das Nações Unidas, precisamos do esforço de todos os países, em todas as frentes, para Glasgow ser um sucesso. “Em nome dessa e das futuras gerações, eu imploro para que vocês escolham a ambição, escolham proteger a humanidade e escolham salvar nosso futuro”, concluiu Guterres.

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