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Angola quer ajuda da Petrobras para mapear pré-sal

País africano está interessado em acordo com brasileira para fazer levantamento no pré-sal do continente

A África é uma das regiões no exterior que mais interessam a Petrobras (Arquivo)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Maputo (Moçambique) e Brasília - O Ministério da Defesa de Angola quer o apoio do Brasil para mapear a plataforma continental daquele país. "Estamos à espera de receber nos próximos dias uma delegação brasileira, com quem vamos entabular conversações com vista à organização desse programa", afirmou o ministro Cândido Pereira Van-Dúnem à agência portuguesa de notícias Lusa.

A chamada plataforma continental começa na linha da costa e vai até a profundidade média de 200 metros. Tem entre 70 e 80 quilômetros de largura. Grande parte do petróleo explorado no mar se localiza nela.

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A possibilidade de haver mais petróleo na camada pré-sal angolana levou as autoridades a apostar no levantamento. Tanto o ministro da Defesa quanto a titular da pasta da Justiça, Guilhermina Prata, estiveram no Brasil em agosto para tratar do tema. A região é uma das áreas de interesse da Petrobras no exterior, juntamente com a América Latina e o Golfo do México.

De acordo com a estatal brasileira, há similaridades em termos de bacias sedimentares entre a Costa Oeste da África e o litoral do Brasil. No entanto, a Petrobras reitera que, antes de qualquer conclusão sobre haver ou não petróleo na camada do pré-sal angolano, ainda são necessários muitos estudos sobre a região.

A Petrobras já atua na exploração de petróleo e gás natural em cinco países do continente: Angola, Líbia, Namíbia, Nigéria e Tanzânia, mas produz apenas em Angola e na Nigéria. Entre as parceiras estão estatais como a Sonangol (Angola), NOC (Líbia) e Nigerian National Petroleum Corporation (NNPC), da Nigéria.

Por meio de parceiras com a Sonangol, a Petrobras explora três blocos na costa brasileira - dois na Bacia de Campos e um na Bacia de Santos. Em Angola, as duas empresas anunciaram a descoberta do Poço Cabaça, em junho deste ano. Na semana passada, o presidente da Sonangol confirmou que a empresa já se preparara para o desafio de explorar a camada do pré-sal. "Vamos procurar", garantiu Cândido Cardoso.

Durante visita ao Rio de Janeiro, para a Rio Oil & Gas 2010, o maior evento de petróleo e gás da América Latina, Cardoso afirmou que a troca de experiências com a Petrobras é importante para os dois países. "Tanto o Brasil como Angola, do ponto de vista técnico, têm coisas a ganhar", disse o executivo angolano à agência Lusa.

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